quinta-feira, 30 de abril de 2015

Plenária Preparatória para o V Congresso Nacional para o 5º Congresso


Plenária Preparatória para o V Congresso Nacional para o 5º Congresso
No dia 27 de abril de 2015 o Partido dos Trabalhadores de Itacaré realizou a sua Plenária Preparatória para o V Congresso Nacional do PT. Foi debatido com os filiados, amigos e simpatizantes do PT a conjuntura nacional, estadual e local.

A Plenária teve a presença do assessor do Deputado Josias Gomes, Manoel Pórfiro, o Assessor da SERIN, Ednei Mendonças, presidentes e representantes de partidos políticos, vereadores e lideranças comunitárias. Assim como moradores da sede e dos distritos do município. Os Secretário da SERIN, Josias Gomes e o Presidente do Estadual do PT, Everaldo Anunciação, não puderam estar presentes, mas enviaram mensagens via vídeo saudando todos os companheiros e participantes do encontro.

O Encontro teve duas mesas temáticas conduzidas pelos professores da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, Josué Candido da Silva, e Laiala Brichta, debatendo os Temas: O Modelo de Desenvolvimento, Redução das Desigualdade e Mudanças Estruturais do Brasil.

A plenária atendeu as expectativas de todos os participantes, pois além de ter proporcionado um espaço participativo, as explanações dos palestrantes possibilitaram um debate qualificado e muito proativo.

sábado, 18 de abril de 2015

PT abre mão de financiamento empresarial

Decisão deverá ser referendada no Congresso Nacional do partido, em junho

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Falcão: fim do financiamento empresarial às campanhas do PT
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, declarou que o partido não receberá financiamento empresarial em suas campanhas políticas. A partir de agora, o financiamento acontecerá exclusivamente por meio de doações de pessoas físicas.
A afirmação foi dada em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (17), após reunião do Diretório Nacional, em São Paulo. A decisão será submetida a referendo durante o 5º Congresso Nacional do PT, previsto para acontecer em junho, em Salvador (BA).
Segundo ele, o partido elabora um mecanismo transparente para receber as doações da sociedade. O objetivo é criar uma ferramenta eletrônica onde o cidadão possa colaborar financeiramente com o PT. Os valores das contribuições deverão variar entre R$ 15 e R$ 1 mil.
Essa experiência já foi realizada durante a última campanha,  segundo a Secretária de Coordenações Regionais , Vívian Farias, quando a Juventude do PT fez um ensaio e o modelo foi aprovado.
“Parte do que foi arrecadado foi gasto exclusivamente para a campanha”, explicou.
Apesar dos membros da Executiva aprovarem o modelo, o projeto precisa ser aprovado durante o 5 Congresso Nacional do PT, que acontecerá entre o dias 11 e 14 de junho, em Salvador.
De acordo com o presidente do PT, Rui Falcao, os diretórios nacional, estaduais e municipais não receberão mais as doações.
“A decisão é um gesto do partido para lutar pela mudança na lei de doações”, disse Falcão.

Conheça a nova resolução da Executiva Nacional do PT

O documento vai ajudar o partido a conduzir a luta em defesa da democracia

A Executiva Nacional do PT definiu, durante a reunião com lideranças, nesta sexta-feira (17), em São Paulo, a nova resolução que guiará os próximos passos da legenda.
Entre as questões centrais, está a determinação para o partido não mais aceitar doações empresarias para custear campanhas eleitorais. A proposta que será detalhada e analisada no 5º Congresso Nacional do PT, marcado para acontecer entre os dias 11  e 13 de junho, em Salvador.
Outro ponto do documento convoca a militância a participar ativamente das mobilizações em defesa do governo. Para a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), é fundamental o partido a convocação dos militantes. “Vamos participar com toda a energia nos atos do dia 1º de maio”, disse Rosário.
A Executiva Nacional se posicionou também contrária ao PL 4330, a chamada Lei da Terceirização, contra a PEC 171, que determina a redução da maioridade penal, e a PEC 215, que altera a forma de demarcação das terras indígenas. Os representantes do partido definiram também a posição favorável ao projeto de lei da taxação de grandes fortunas e reafirmaram a luta pela reforma política e regulação da mídia.
Na avaliação do membro da Executiva Nacional, José Paludo (PT-SC), a reunião da conjuntura política foi importante porque o partido sofre atualmente com uma crise política. “Setores da mídia e judiciário tentam convencer a opinião pública que o PT é o responsável pela corrupção sistêmica do país. O partido sofre com acusações e prisões arbitrarias”, disse Paludo.
Leia a íntegra da Resolução:
RESOLUÇÃO POLÍTICA
O País assiste há semanas uma escalada das forças conservadoras. Esse movimento, de profundo caráter reacionário, se estende das instituições à disputa das ruas, da batalha de ideias e informações à manipulação de investigações policiais, da agenda econômica aos direitos civis. Seu propósito é indisfarçavel: derrotar a administração da presidenta Dilma Rousseff, revogar conquistas históricas do povo brasileiro e destruir o Partido dos Trabalhadores.
Esta ofensiva engloba os interesses políticos e de classe dos setores que perderam o comando do Estado em sucessivas batalhas eleitorais desde 2002, mas agora rearticulados para interromper o processo de mudanças iniciado pelo ex presidente Lula. Para tanto, tentam impor seu programa ao governo e ao país, banir a esquerda como alternativa de poder e criminalizar os movimentos sociais.
A oposição de direita, liderada pelo PSDB, busca fundir sua tática à ação dos grupos reacionários de caráter extraparlamentar, responsáveis pela convocação das camadas mais abonadas à mobilização contra o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff. Cada dia fica mais clara a intenção golpista dessa política, encarnada por politicos aventureiros e bacharéis de plantão, que ensaiam processo de impeachment sem qualquer base jurídica ou legal.
A maioria conservadora no parlamento empenha-se na aprovação de contra-reformas que retiram direitos dos trabalhadores, preservam mazelas do atual sistema político e impõem retrocesso a avanços com relação a direitos civis, políticos e sociais. Além do caráter regressivo dessas medidas, revela-se a intenção de emparedar o governo e deixá-lo de mãos atadas em momento de gravidade da situação nacional.
Importantes empresas de comunicação, que efetivamente exercem o monopólio da produção e veiculação de informações, ocupam a linha de frente da empreitada restauradora. Abertamente, comandam a onda reacionária, estimulam o terrorismo econômico, convocam a ocupação das ruas contra o governo e procuram criar clima de condenação moral contra o PT a partir de notícias distorcidas sobre investigações de corrupção na Petrobrás. Corrupção nunca dantes combatida como nos governos do PT, que deve ser enfrentada implacavelmente nos marcos do Estado de Direito, mas não de forma seletiva, facciosa e espetaculosa. Por isso é que também exigimos a mais ampla e transparente investigação dos episódios envolvendo o HSBC e a chamada Operação Zelotes, de combate à corrupção e à sonegação fiscal.
Não faz parte da nossa história, da nossa tradição democrática, de nossa ética pública e de nossa prática na democracia brasileira a convivência e a conivência com a corrupção. Se algum dirigente ou filiado praticou corrupção não foi em nome dos petistas. E, se comprovadamente algum filiado incorreu em corrupção será expulso.
O PT liderou entre 2003 e 2014 as maiores e mais importantes iniciativas no combate à corrupção na história brasileira mais recentemente a Presidenta Dilma sintetizou e propôs ao parlamento cinco novas propostas que buscam cercar a impunidade dos corruptos no Brasil. Daí porque o PT luta pelo fim do financiamento empresarial das eleições, que renova na base os circuitos da corrupção no Brasil.
Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial decidimos que os Diretórios Nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo essa decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados(as) ao 5º. Congresso Nacional do PT.
O Partido revitalizará a contribuição voluntária, individual dos filiados, filiadas, simpatizantes e amigos. Tais definições são coerentes com nosso Estatuto, segundo o qual “arrecadação básica e permanente do Partido é oriunda de seus próprios filiados”. Ao mesmo tempo, condizem também coerentemente com a nossa defesa de uma reforma política democrática que ponha fim à interferência do poder econômico nas decisões políticas.
A prisão do companheiro João Vaccari, nas condições em que ocorreu, demonstra que o clima de ódio e revanche envolve também fatias da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário. Vamos assistindo, aos poucos, a transformação de indispensável processo de apuração e punição, relativo a desvios na principal estatal brasileira, em espetáculo de atropelos legais, politicamente manipulado a serviço das forças antipetistas. Mais que tudo, conforma-se um embrião de estado de exceção, violador dos mais elementares direitos fundamentais, cuja existência indigna, enoja e ofende a consciência democrática do País. E, por isso mesmo, antes que prospere, exige resposta corajosa da nossa militância.
O Partido dos Trabalhadores, diante deste cenário, concentrará o melhor de suas energias para construir, ao lado de outras correntes progressistas, junto com movimentos do campo e da cidade, uma frente político-social para a defesa da democracia, das pautas dos trabalhadores e das reformas estruturais.
Um novo pacto do campo democrático-popular é indispensável para disputar as ruas e as instituições contra o bloco conservador.
O Partido dos Trabalhadores reafirma que o programa para a unidade popular deve ter como eixos básicos a reforma política, com proibição do financiamento empresarial de campanhas; com a firme defesa dos direitos humanos com a criminalização da homofobia e a rejeição da PEC 215, que versa sobre a transferência da FUNAI para o Legislativo da responsabilidade pela demarcação das terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação; bem como da PEC 371, que pretende reduzir a maioridade penal; a defesa da Petrobrás e do regime de partilha e de conteúdo nacional; a reforma tributária de caráter progressivo, com adoção de impostos crescentes sobre renda, patrimônio e
ganhos financeiros; a democratização dos meios de comunicação, com o restrição dos monopólios de mídia; a expansão da reforma agrária; uma reforma urbana, com investimentos em mobilidade, moradia e saneamento; a adoção de um amplo programa de ampliação e melhoria dos serviços públicos.
Diante da tramitação da contra-reforma política (PEC 352), o PT reafirma sua posição congressual – em defesa de uma Assembléia Constituinte Exclusiva e Soberana, do financiamento público exclusivo, do voto em lista com paridade de gênero e da participação popular – e de sua objeção à constitucionalização do financiamento empresarial.
O Partido dos Trabalhadores apoia o empenho da presidenta Dilma Rousseff para enfrentar os problemas fiscais do Estado brasileiro, mas considera vital que a política econômica esteja voltada para impedir que os efeitos desse ajuste recaiam sobre as costas dos trabalhadores e tenham caráter recessivo. O Diretório Nacional, nesse sentido, considera fundamental o mais amplo diálogo do governo com a sociedade (sobretudo com os movimentos sociais e centrais sindicais).
O DN também orienta nossas bancadas no Congresso Nacional, que já vêm trabalhando nessa direção, a ajudar no aprimoramento das medidas propostas pelo Ministério da Fazenda, a partir do princípio de que o custo de retificação das contas públicas deve ser assumido pelos mais ricos. A este respeito orientamos todas nossas bancadas nos estados e municípios a serem porta-vozes desta política.
O Partido dos Trabalhadores considera que a principal batalha da conjuntura é a que está sendo travada contra o Projeto de Lei nº 4330, que expande a terceirização do trabalho para todas atividades econômicas, e se constituiu em um dos principais núcleos da política neoliberal. Sua aprovação definitiva representaria o mais rude golpe contra a classe trabalhadora desde a consolidação dos direitos trabalhistas em 1943. O Diretório Nacional recomenda, assim, que os parlamentares petistas continuem seu trabalho de resistência contra essa medida, buscando unidade com representantes de outros partidos, para impedir a aprovação deste projeto de lei.
O Diretório Nacional também considera fundamental a ampliação da mobilização sindical e popular contra a terceirização, nas ruas e nas redes, até que a pressão seja suficiente para estabelecer nova relação de forças nas duas casas legislativas.
A militância petista, em suas entidades ou através dos diretórios partidários, nos locais de estudo e trabalho, deve participar ativamente da organização e realização de todas as jornadas de luta convocadas pela CUT e demais organizações sindicais. Sobretudo, o engajamento e participação no 1o. de Maio unificado em todo o País, em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da democracia. É um momento de cada diretório e núcleo do PT se organizarem para realizar discussões sobre a conjuntura e preparar cada militante para o debate e ação política.
É também o momento da militância participar das conferencias nacionais convocadas pelo nosso governo.
O Diretório Nacional conclama a presidenta Dilma Rousseff a assumir o papel de liderança na campanha contra a terceirização, como já tem agido na disputa contra a redução da maioridade penal, ao mesmo tempo que recomenda o veto presidencial caso o projeto de lei 4330 venha a ser acolhido pelo parlamento.
O Partido dos Trabalhadores reafirma apoio firme e decidido ao governo da companheira Dilma Rousseff, ressaltando que continuará, dentro do gabinete de coalizão, a representar os interesses das camadas populares e suas aspirações por mudanças. O Diretório Nacional convoca todos os companheiros à enérgica mobilização contra os agrupamentos empenhados em virar a mesa do jogo democrático e regredir ao modelo neoliberal.
O Diretório Nacional, ciente da necessidade de uma profunda avaliação sobre a orientação política praticada desde o governo Lula e da urgência de uma ampla reflexão sobre os desafios para a continuidade das reformas, conclama todos os militantes e amigos do PT ao máximo empenho nos debates do 5º Congresso Nacional e a transformá-lo em um grande momento de reafirmação da identidade e do vigor do principal partido da esquerda brasileira.
São Paulo, 17 de abril de 2015
Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores”

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Empresas do “Trensalão” doaram R$ 12 milhões a Alckmin, em 2014

“A não ser que haja uma inquisição, em que se julga sem defesa, é preciso que haja o contraditório”, defendeu Adams

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou que gestores públicos sejam investigados por causa de atrasos em repasses do Tesouro Nacional a bancos estatais responsáveis por pagamentos de programas e benefícios sociais.
Setores da oposição e da mídia têm usado o posicionamento do Tribunal como argumento para um eventual pedido de  impeachment da presidenta Dilma Rousseff, apesar de sua responsabilização estar totalmente descartada pelo relator da matéria, ministro José Múcio Monteoiro.
No recurso que será apresentado, a Advocacia-Geral vai pedir aos ministros do TCU, por meio de embargos de declaração, que elucidem pontos do acórdão e aguardem a manifestação das autoridades que foram chamadas a dar esclarecimentos sobre o caso antes de tomarem uma decisão de mérito sobre a existência ou não de crime de responsabilidade.
O entendimento da AGU é de que o Tribunal não apontou a existência de irregularidade, tendo em vista que o processo não transitou em julgado e que as autoridades citadas ainda prestarão esclarecimentos, cabendo, inclusive, manifestação do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, antes do processo ser definitivamente analisado pelo plenário da corte de contas.
“A decisão foi preliminar e não considerou o contraditório. A não ser que haja uma inquisição, em que se julga sem defesa, é preciso que haja o contraditório”, afirmou Adams.
“Como não houve oitiva, qualquer deliberação agora é precipitada. Entraremos com embargos, pois o relator e o plenário tomaram decisões e, ao mesmo tempo, entendem ser necessário ouvir as partes envolvidas”, completou.
O diretor do Departamento de Assuntos Extrajudiciais da AGU, Rafaello Abritta, destaca que o próprio relator do caso no TCU, ministro José Múcio, ressaltou durante os debates no plenário do tribunal que o processo ainda está em uma etapa de averiguação e que é preciso ouvir os esclarecimentos das autoridades citadas.
“O problema é que identificamos uma efetiva contradição. Ele pede esclarecimento, mas já utiliza a tese de que houve irregularidade para determinar uma série de correções por parte da administração”, explicou Adams.
“Então, ele deve suspender essas determinações, aguardar as oitivas e as respostas que os gestores vão dar, analisar e, aí sim, se entender adequado, fazer essas determinações”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da AGU

AGU vai recorrer da decisão do TCU sobre ajustes orçamentários

“A não ser que haja uma inquisição, em que se julga sem defesa, é preciso que haja o contraditório”, defendeu Adams

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou que gestores públicos sejam investigados por causa de atrasos em repasses do Tesouro Nacional a bancos estatais responsáveis por pagamentos de programas e benefícios sociais.
Setores da oposição e da mídia têm usado o posicionamento do Tribunal como argumento para um eventual pedido de  impeachment da presidenta Dilma Rousseff, apesar de sua responsabilização estar totalmente descartada pelo relator da matéria, ministro José Múcio Monteoiro.
No recurso que será apresentado, a Advocacia-Geral vai pedir aos ministros do TCU, por meio de embargos de declaração, que elucidem pontos do acórdão e aguardem a manifestação das autoridades que foram chamadas a dar esclarecimentos sobre o caso antes de tomarem uma decisão de mérito sobre a existência ou não de crime de responsabilidade.
O entendimento da AGU é de que o Tribunal não apontou a existência de irregularidade, tendo em vista que o processo não transitou em julgado e que as autoridades citadas ainda prestarão esclarecimentos, cabendo, inclusive, manifestação do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, antes do processo ser definitivamente analisado pelo plenário da corte de contas.
“A decisão foi preliminar e não considerou o contraditório. A não ser que haja uma inquisição, em que se julga sem defesa, é preciso que haja o contraditório”, afirmou Adams.
“Como não houve oitiva, qualquer deliberação agora é precipitada. Entraremos com embargos, pois o relator e o plenário tomaram decisões e, ao mesmo tempo, entendem ser necessário ouvir as partes envolvidas”, completou.
O diretor do Departamento de Assuntos Extrajudiciais da AGU, Rafaello Abritta, destaca que o próprio relator do caso no TCU, ministro José Múcio, ressaltou durante os debates no plenário do tribunal que o processo ainda está em uma etapa de averiguação e que é preciso ouvir os esclarecimentos das autoridades citadas.
“O problema é que identificamos uma efetiva contradição. Ele pede esclarecimento, mas já utiliza a tese de que houve irregularidade para determinar uma série de correções por parte da administração”, explicou Adams.
“Então, ele deve suspender essas determinações, aguardar as oitivas e as respostas que os gestores vão dar, analisar e, aí sim, se entender adequado, fazer essas determinações”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da AGU

Desmatamento na Amazônia cai 80% em oito anos

Dados fazem parte de estudo liderado pela Universidade Bonn, na Alemanha. Para coautor da pesquisa, aplicação efetiva da lei é um dos fatores que influenciou na redução do desflorestamento

O desmatamento na floresta amazônia reduziu 80% entre 2004 e 2012, segundo estudo liderado pela Universidade Bonn, na Alemanha. De acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Globo“, nesta sexta-feira (17), foram derrubados 27.772 km² de floresta em 2004,. Em 2012, o desmatamento atingiu 4.656 km².
Segundo o coautor da pesquisa, o professor Jan Börner, a destruição da floresta é feita, principalmente, por grande criadores de gado. No entanto, ele afirma que a agricultura em pequena escala também é responsável pela devastação florestal.
Para Bönner, a proteção da floresta depende da presença física de reguladores, como policiais. Para a pesquisa, foram utilizados dados de aparelhos de GPS utilizados pelos fiscalizadores.
Além disso, Bönner avaliou cerca de 15 mil violações da legislação florestal em toda bacia amazônica com o objetivo de apurar a eficácia das medidas de proteção utilizadas pelo Brasil. Os dados apurados foram do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Para o coautor da pesquisa, a aplicação da lei, com penalidades maiores e controles mais frequentes, são responsáveis por afastar as iniciativas de desmatamento. Segundo ele, no Mato Grosso e no Pará, onde há listas negras de empresas agrícolas que violam a legislação, a lei é bem sucedida.
“Desta forma, os comerciantes não compram mais produtos provenientes destas fontes”, explicou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “O Globo”

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Punição obriga Oi a fazer ligações de graça

Medida adotada pela Anatel é punição pelo descumprimento da obrigação de instalar mínimo de orelhões em 15 estados brasileiros

As ligações locais da Oi em 15 estados não poderão ser cobradas a partir desta quarta-feira, 15. A medida vale para as chamadas originadas em orelhões da operadora com destino a telefones fixos.
A punição foi aplicada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contra a companhia telefônica por falta do cumprimento de obrigações estabelecidas pelo regulador. A Oi também está obrigada a dar publicidade da gratuidade no da empresa na internet.
Conforme despacho 656/2015, encaminhado pela Anatel à Oi, também serão gratuitas as ligações de longa distância nacional (DDD) realizadas desses orelhões e destinadas a telefones fixos (a partir de 1° outubro de 2015); ligações locais para telefones móveis, ou VC1 (a partir de 1° de abril de 2016); e ligações DDD para telefones móveis, ou VC2 e VC3 (a partir de 1° de outubro de 2016).
Assim, nos estados abaixo relacionados a população ficará desobrigada de inserir o cartão telefônico para realizar chamadas até que a empresa comprove o cumprimento do indicador fixado pela agência para os TUPs (Telefones de Uso Público).
A Bahia é o maior prejudicado: lá, a Oi cumpriu apenas 54% de instalação dos orelhões, contra os 90% obrigatórios, segundo critérios da regulamentação setorial.
Monitoramento – De acordo com nota veiculada pelo portal da Agência, “a medida é resultado do trabalho da Anatel no monitoramento dos patamares mínimos de disponibilidade dos telefones públicos da concessionária em sua área de atuação”.
Ou seja: a Oi deixou de oferecer à população daqueles estados a quantidade de telefones públicos (orelhões) exigidos pelas regras do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).
“Na medição realizada no último dia 31 de março de 2015, a concessionária Oi não atingiu os patamares mínimos de disponibilidade”, informou a agência.
As medições, feitas pelos fiscais do regulador, acontecem a cada seis meses. As próximas serão em 30 de agosto deste ano (2015), 29 de fevereiro de 2016 e 30 de agosto de 2016.
A disponibilização de acessos telefônicos coletivos deve ser de no mínimo 90% da quantidade estabelecida pelo órgão em todas as unidades da federação; e, de no mínimo 95%, nas localidades onde existem apenas atendimento por telefones públicos.
A Oi foi seletiva no descumprimento dessas obrigações: deixou na mão, em sua maioria, estados das regiões mais pobres, à exceção da região Sul, onde também foi penalizada. Nos estados mais ricos das regiões Sudeste e Centro-Oeste, a concessionária cumpriu as metas à risca.
Estão incluídas na medida punitiva as operadoras Oi dos estados do Paraná (cumprimento de apenas 85% no estado e de 67% nas localidades que tem apenas orelhões), Santa Catarina (75% e 62%, respectivamente) Rio Grande do Sul (62% e 69%), Alagoas (69% e 96%), Bahia (54% e 95%), Ceará (59% e 95%), Maranhão (59% e 64%), Paraíba (59% e 97%), Pernambuco (57% e 97%), Piauí (65% e 89%), Rio Grande Norte (57% e 96%), Sergipe (86% e 98%), Amazonas (74% e 96%), Amapá (79% e 98%) e Pará (57% e 92%).
Contratos de concessão – A quantidade de orelhões que a concessionária tem de instalar está fixada pelos contratos de concessão. Os contratos têm duração de 20 anos, contados a partir de 2006, e término previsto para 2025, com atualizações a cada cinco anos.
A última atualização contratual está prevista para 2020, quando terá início o último “bloco” de cinco anos. Concluído o contrato, as redes e instalações destinadas à oferta dos serviços telefônicos concedidos voltam ao poder da União.
A devolução da infraestrutura dá início a um novo período de concessão, por meio de processo de licitação que escolherá os novos concessionários dos serviços telefônicos.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

sábado, 11 de abril de 2015

Governo estabelece política de Estado para cultura

Política ampliará acesso e simplificará prestação de contas dos Pontos e Pontões de Cultura

O governo federal lançou, na quarta-feira (8), a Política Nacional de Cultura Viva (PNCV). A ação foi Instituída pela Lei 13.018/14, que uma política de Estado voltada a fomentar e fortalecer uma rede de criação e gestão cultural com base nos Pontos e Pontões de Cultura.
De acordo com o Ministério da Cultura, duas inovações visam favorecer a visibilidade dos agentes culturais e facilitar a prestação de contas de Pontos e Pontões de Cultura que acessam recursos públicos de fomento à cultura.
A primeira invocação é a autodeclaração. Artistas, coletivos e instituições poderão, por meio de uma certificação simplificada, se autodeclarar Ponto de Cultura, passando a fazer parte do Cadastro Nacional dos Pontos e Pontões de Cultura. O processo não dá direito ao recebimento de recursos.
Segundo a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, Ivana Bentes, com os dados fornecidos pelos grupos ou entidades será possível mensurar a economia gerada por esses agentes culturais de pequeno porte.
“A autodeclaração permitirá que o Estado mapeie os fazedores de cultura, e que eles se mobilizem, se enxerguem, criem um circuito cultural dos Pontos e uma rede social que contribua para a articulação entre eles”, afirmou Ivana.
Outra novidade é o Termo de Compromisso Cultural, que substituirá o convênio na parceria entre o Estado e os Pontos e Pontões de Cultura que recebem recursos. Segundo Ivana, será um instrumento mais simplificado e adequado à realidade dos agentes culturais.
“Haverá uma grande simplificação na prestação de contas, que ficará mais ligada à eficiência do trabalho e ao cumprimento do objeto”, explicou Ivana.
Outra importante alteração diz respeito à segunda parcela dos recursos, que não mais dependerá da avaliação da prestação de contas da primeira parcela. De acordo com o Termo de Compromisso Cultural, saldos remanescentes e rendimentos também poderão ser usados pelos beneficiários, desde que para ampliação das metas previstas.
Com isso, os Pontos de Cultura poderão alterar até 30% do plano de trabalho sem autorização prévia do MinC ou das secretarias estaduais ou municipais de Cultura.
Entre as formas de apoio e fomento previstas na Política Nacional de Cultura Viva estão repasses a Pontos e Pontões juridicamente constituídos, selecionados por editais específicos, e prêmios a projetos, iniciativas, atividades ou ações de Pontos, Pontões, pessoas físicas, entidades, coletivos culturais e instituições de ensino, além de bolsas a pessoas físicas reconhecidas como Agentes Cultura Viva.
Segundo Ivana, esta é a primeira política de base comunitária e de rede do Sistema Nacional de Cultura. Para ela, ao se tornar política de Estado, garante-se ao Cultura Viva perenidade, ampliação de recursos e menos burocracia na relação com os beneficiados.
“Estamos atendendo uma demanda histórica dos Pontos de Cultura e de diversos segmentos da diversidade cultural brasileira”, destacou a secretária.
Ivana afirmou que a política alcança a produção cultural que vem das periferias e do interior dos mais diversos locais do Brasil. A iniciativa valoriza, desde forma, públicos como mestres da cultura popular, crianças, adolescentes, jovens, idosos, povos indígenas e quilombolas, comunidades tradicionais de matriz africana, ciganos, população LGBT, minorias étnicas, pessoas com deficiência e pessoas ou grupos vítimas de violência, entre outros.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do MinC

Governo lançará campanha para explicar ajuste fiscal

Em entrevista, ministro da Secretaria de Comunicação Social também falou sobre a escolha de Michel Temer para a articulação política e manifestações

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, anunciou, em entrevista ao jornal “Valor Econômico” publicada nesta sexta-feira (10), que o governo federal lançará uma campanha nacional para explicar ajuste fiscal à população.
“O governo tem de fazer chegar até a sociedade os motivos do ajuste econômico”, justificou.
Além disso, o ministro avaliou como “natural” a delegação da função de articulador político ao vice-presidente, Michel Temer. No entanto, ele reforçou que quem governa é a presidenta Dilma Rousseff.
“Aqui estamos falando de um partido de coalização, do vice-presidente da República assumir um papel de articulação política, o que é absolutamente natural”, explicou.
“Daqui a pouco as coisas se acomodam, a correlação de forças se estabiliza, a governabilidade se pacifica e a vida continua”, completou o ministro.
Edinho também rebateu afirmações de representantes da oposição que compararam a decisão da presidenta Dilma com um “parlamentarismo branco”.
“O povo brasileiro optou pelo presidencialismo no plebiscito, com uma presidenta reeleita pela maioria do povo brasileiro e, portanto, que exercita o presidencialismo”, respondeu.
Sobre as manifestações contra o governo, o ministro disse que os atos devem ser tratados com naturalidade.
“Se a França fosse entrar em crise a cada manifestação que existisse nas principais cidades francesas, não existiria governo”, ressaltou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Valor Econômico”

Site do governo reúne vagas de emprego em todo País

Portal Mais Emprego também orienta sobre qualificação pelo Pronatec. Requerimento para seguro-desemprego poderá ser feito através do site

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou, na quarta-feira (8), o “Portal Mais Emprego” para estreitar o diálogo entre empregados e empregadores. Além disso, o sistema visa ampliar o acesso dos trabalhadores a vagas em postos de trabalho oferecidos pelo Sistema Nacional de Empregos (Sine), em todo território nacional.
De acordo com o governo federal, durante a fase de testes, em 2014, o sistema captou 2,6 milhões de oportunidades trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o portal modifica radicalmente a relação entre empregados e empregadores, pois é possível fazer uma auto-intermediação.
“No portal estão disponíveis todas as vagas de emprego que o país dispõe”, ressaltou o ministro.
O portal possui um menu para empregados e outro para os empregadores. Em comum aos dois grupos estão as questões como seguro-desemprego e Classificação Brasileira de Ocupação.
Enquanto os empregados podem verificar o andamento do processo de requerimento do seguro-desemprego, os empregadores podem enviar o requerimento do benefício, via internet.
A Classificação Brasileira de Ocupação tem por finalidade a identificação das ocupações no mercado de trabalho para fins classificatórios junto aos registros administrativos e domiciliares e servem tanto para os empregados e empregadores.
Por meio do portal, os candidatos a uma vaga de trabalho também podem buscar por qualificação profissional no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e obter informações sobre o abano salarial.
Os empregadores poderão acessar um cadastro com 37 milhões de possíveis empregados, verificar o perfil profissional dos candidatos, enviar declaração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e demandar por cursos profissionalizantes.
De acordo com Dias, o portal faz parte do projeto de modernização do MTE, em que todos os serviços prestados passam a ser digitalizados. Segundo o ministro, até o final do ano, os programas e serviços vão combinar com a transparência total do ministério e colaborar também para facilitar a contratação dos trabalhadores e a vida dos empregadores.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do MTE

GOVERNO E BANCOS DEFINEM OFENSIVA CONTRA ATAQUES A CAIXAS ELETRÔNICOS


Governo baiano e Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) criaram plano de ação para combate a crimes contra caixas eletrônicos. De acordo com o governo, o plano prevê ampliação do monitoramento por meio de câmeras de segurança e tinturação de cédulas em caso de explosão de caixas.
Ontem, o governador Rui Costa e o presidente da Febraban, Murilo Portugal, se reuniram para discutir as ações. Do encontro, também participaram o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “Decidimos ampliar a integração entre o governo e os bancos, sejam eles públicos ou privados, para reduzir os crimes que colocam em risco a segurança de todos os cidadãos e das instituições bancárias”, comentou Rui.
Rui já havia encaminhado carta ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao presidente do Conselho Diretor da Febraban, Roberto Egydio Setúbal, solicitando articulação entre as instituições para promover uma série de ações de prevenção e combate a crimes contra bancos.
Segundo Rui, o governo está atuando “fortemente nesta questão”. Ele cita forças-tarefa e o incremento do policiamento ostensivo em períodos críticos, que resultaram na prisão de 582 pessoas, em 117 resistências à prisão, e no desmantelamento de 78 quadrilhas”. Entre 2011 e 2014, disse o governador, foram apreendidas 1.729 unidades de explosivos e 386 armas de fogo na Bahia.

Fonte: www.Pimenta.blog.br

FPA faz debates preparatórios para o 5º Congresso do PT

Fundação realizará cinco debates nacionais, um em cada capital das cinco regiões geográficas do País. O primeiro acontece em São Paulo, dia 16 de abril

congresso
A Fundação Perseu Abramo (FPA) apresentou, na quinta-feira (9), um cronograma com cinco debates nacionais, um em cada capital das cinco regiões geográficas do País, para contribuir com a elaboração e com as discussões de base para a segunda etapa do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores.
O evento acontecerá entre os dias 11 e 13 de junho, em Salvador (BA). Durante o congresso, os delegados do partido vão discutir e deliberar sobre a atualização do projeto partidário, os desafios dos novos tempos, a situação nacional e internacional, as perspectivas de avanço do projeto político e a renovação do modelo de organização do PT, além da aprovação de um plano de ação partidária para os próximos quatro anos.
Os debates promovidos pela fundação serão transmitidos, pela internet, para todo País, por meio da tevê FPA. Além disso, os encontros serão abertos ao público.
O primeiro encontro da série será realizado no dia 16 de abril, em São Paulo (SP). O tema será “Neoliberalismo, pós-neoliberalismo e os desafios da construção do socialismo no Brasil”.
No dia 24 de abril, em Recife (PE), o debate terá como tema O papel do Brasil em um mundo em transformação: a ordem econômica e geopolítica internacional”. Em Belém (PA), o evento acontecerá no dia 8 de maio, quando serão debatidos o “Modelo de desenvolvimento, redução das desigualdades e mudanças estruturais no Brasil”.
Porto Alegre (RS) representará a região Sul do País, em debate a ser realizado no dia 18 de maio, com o tema “Os impasses da democracia no Brasil: a centralidade da reforma política e da democratização do meios de comunicação”.
O último encontro acontece em Brasília (DF), no dia 28 de maio, e terá como tema “O Brasil e a equidade social: os direitos dos segmentos sociais historicamente discriminados”.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da FPA

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Terceirizadas têm destaque no ranking de devedores trabalhistas

No grupo Top 12 do TSE, elas são quatro; 14 fornecedoras de mão-de-obra estão entre os 50 maiores caloteiros do mercado de trabalho brasileiro

O Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), vinculado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), aponta que a lista com os cem maiores devedores na Justiça do Trabalho no Brasil está repleta de empresas que prestam serviços terceirizados ao mercado. O ranking é liderado pela falida companhia prestadora de serviços de transporte aéreo, a Vasp.
Entre os cinquenta primeiros do ranking, a Agência PT de Notícias localizou 14 empresas que sublocam mão-de-obra. Quatro delas aparecem entre o grupo top 12: Sena Segurança Inteligente (2ª), Adservis Multiperfil (9ª), Sustentare (10ª) e Estrela Azul Serviços de Vigilância e Segurança (12ª).
Esse importante indicador do mercado de trabalho não demonstra apenas as condições de atuação oferecidas pelos grandes devedores dos trabalhadores, como também revela o quanto esse problema pode se agravar caso o Projeto de Lei 4330/2014, que tramita no Congresso, for aprovado sem instrumentos de proteção adequados ao enfrentamento dessa realidade.
A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (7), regime de urgência para o projeto de lei que trata das terceirizações. Com isso, o texto poderá ser votado direto no plenário da Casa e não precisará passar por comissões. A previsão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é que o texto principal seja votado nesta quarta-feira (8).
Mesmo com atuação restrita às atividades-meio (aquelas adjacentes às atividades-fins) pela Súmula 331, do TST, as atuais empresas de terceirização tornaram-se campo fértil de contestações e cobranças judiciais trabalhistas. Os que apoiam e defendem o projeto de lei ignoram os riscos de agravamento da judicialização dos direitos do trabalho no país.
Devedores - “O devedor que, devidamente cientificado de condenação definitiva pela Justiça do Trabalho, não pagar o débito ou garantir quitação da dívida, no prazo previsto em lei, será obrigatoriamente incluído no banco”, informa nota transcrita da página do BNDT na internet.
A nota esclarece que a inadimplência registrada inclui obrigações trabalhistas impostas por sentença, acordos trabalhistas homologados pelo juiz e não cumpridos, acordos realizados perante Comissões de Conciliação Prévia e não cumpridos, termos de ajuste de conduta firmados com o Ministério Público do Trabalho e não cumpridos, custas processuais, multas, honorários de perito e demais despesas oriundas dos processos trabalhistas não quitadas.
Inclusão, alteração ou exclusão de dados do BNDT dependem de ordem judicial expressa, segundo o TST. Uma vez inscrito, o devedor integra um pré-cadastro com prazo improrrogável de 30 dias para cumprir a obrigação ou regularizar a situação.
Terminado esse prazo, a inclusão do inadimplente acarretará, conforme o caso, a emissão da certidão positiva ou de certidão positiva com efeito de negativa (quando a dívida não é paga, mas o devedor oferece bens à penhora). Paga a dívida ou satisfeita a obrigação, o juiz da execução determinará a exclusão do registro devedor do BNDT.
O ranking é uma importante ferramenta para garantir que a sociedade conheça as pessoas físicas e empresas com maior inadimplência na Justiça Trabalhista. Quem estiver na lista não pode, por exemplo, participar de processo licitatório, conforme previsão da Lei de Licitações (12.440/2011).
O temor dos críticos ao Projeto de Lei 4330/2014 é que a expansão desses limites de atuação para o campo da atividade-fim do setor produtivo torne o problema ainda mais grave do que o apresentado no ranking do calote trabalhista. Pelo projeto, qualquer empresa poderá funcionar sem quadro próprio de funcionários e servidores, baseada apenas em um contrato de fornecimento de mão-de-obra.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias