quinta-feira, 29 de novembro de 2012

“ATOS E DEBATES EM DEFESA DO PT E DOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS”



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
“Atos e debates em defesa do PT e dos direitos democráticos”
“Neste momento, nós respondemos ao chamado da Executiva do PT a defender o partido. E nos comprometemos com a mais ampla unidade com todos os setores dispostos a defendê-lo em Debates e Atos Públicos!”. Esta foi a principal decisão do ato público “em defesa do PT” realizado no último 24, no sindicato dos engenheiros, em São Paulo, que repudiou o julgamento político no STF (íntegra em anexo), e reafirmou.
“Mais do que nunca, nós defendemos o PT que ‘nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para partidos e políticos comprometidos com a atual ordem econômica’ (Manifesto de Fundação)”.
A proposta foi apresentada pela mesa do ato - Jacy Afonso e Julio Turra, Executiva da CUT; Gegê, Central de Movimentos Populares; Aton Fon, Consulta Popular; Adriano Diogo, deputado PT-SP; Juliana Cardoso, vereadora PT-SP; e Markus Sokol, membro do DN-PT – e aprovada pelos 500 (450 assinaram a lista) presentes ao evento, que foi ainda acompanhado por milhares de pessoas na noite do último sábado, em transmissão online pela TVLD do Diretório Regional do PT-SP.
Tomaram a palavra na tribuna, os ex-presidentes do PT José Genoino e José Dirceu, acusados na Ação Penal 470 no STF, e o senador Eduardo Suplicy. 
No plenário, presentes dirigentes sindicais e intelectuais, além de vários parlamentares - deputados José Zico Prado e Telma de Souza, vereadores da capital e do interior paulista, inclusive de outros Estados.
A atividade marcou a abertura do 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista com delegações de 14 estados.
O ato foi encerrado com o grito “PT na rua, a luta continua!”.
Momentos do ato estão disponíveis no youtube.
Leia abaixo a íntegra da convocatória
Convocatória
ATOS EM DEFESA DO PT 
E DOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS
Numa situação em que as organizações sindicais e populares, como a CUT, MST e outras, estão ameaçadas por uma escalada reacionária, através da criminalização dos movimentos sociais,
Numa situação onde se tenta “judicializar” a política em favor de forças reacionárias, derrotadas nas urnas pelo povo que aspira à soberania nacional e à justiça social,
No momento em que o Supremo Tribunal Federal conclui a Ação Penal 470, como um julgamento político que pretende atingir o PT, numa evidente operação eleitoral e midiática, e que continua em novos processos,
No momento em que os direitos democráticos, duramente arrancados, são agredidos do decisão pelo STF num “julgamento de exceção”, o mesmo STF que utilizou a Lei da Anistia para proteger os crimes da ditadura militar,
Neste momento, repudiamos o “julgamento de exceção” que pretende preservar a regra, isto é, o sistema político-eleitoral marcado pela corrupção, pelo caixa dois e o tráfico de influencia,
Mais do que nunca, nós defendemos o PT que “nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para partidos e políticos comprometidos com a atual ordem econômica” (Manifesto de Fundação).
Neste momento, nós respondemos ao chamado da Executiva do PT a defender o partido. E nos comprometemos com a mais ampla unidade com todos os setores dispostos a defendê-lo em Debates e Atos Públicos!Neste momento, erguemo-nos em defesa das lutas, dos movimentos e militantes sociais agredidos pela judicialização da política e a politização do Judiciário.
Jacy Afonso e Julio Turra, Executiva da CUT; Gegê, Central de Movimentos Populares; Aton Fon, Consulta Popular; Adriano Diogo, deputado PT-SP; Juliana Cardoso, vereadora PT- SP, Markus Sokol, DN-PT (O Trabalho).
Adotado por aclamação no Ato Em Defesa do PT, convocado pelo Diálogo Petista, sábado, 24.11.12, no Sindicato dos Engenheiros, SP
Fonte: www.pt.org.br

OPERAÇÃO PORTO SEGURO: LÍDER DO PT DEFENDE PRESTAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS NO SENADO



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
Operação Porto Seguro: líder do PT defende prestação de esclarecimentos no Senado
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) defendeu hoje (27) a ida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,  e do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, ao Senado para prestar esclarecimentos sobre a Operação Porto Seguro da Polícia Federal. O líder do PT na Casa disse que os lideranças querem ainda que os presidentes das agências onde trabalhavam os investigados compareçam ao Congresso para dar explicações.
A PF encontrou irregularidades na Agência Nacional de Águas (ANA), na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No total, seis pessoas foram presas na ação de sexta-feira (23).
Cardozo, como ministro da Justiça, é responsável pela Polícia Federal que prendeu suspeitos e investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. Já Adams é o advogado-geral da União e superior hierárquico de um dos investigados.
“Essa é uma coisa que assusta todos nós. Funcionários, inclusive de carreira, utilizando a estrutura em benefício próprio e até beneficiar terceiros. Acho que a Polícia Federal foi importante e mostra o papel institucional, a ação correta desse organismo de combate a corrupção”, destacou o senador.
O senador disse ainda que mesmo com as investigações policiais e os inquéritos, a atuação do Congresso é importante. “[É fundamental que o Congresso também continue] o processo rigoroso de apuração para ver a extensão das ações que foram patrocinadas [pelo grupo] na estrutura pública”.
O ministro da Justiça já tem data para ir à Câmara. Na próxima terça-feira (4), ele estará na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, onde falará sobre a Operação Porto Seguro e a série de atos violentos que ocorre em São Paulo.
Fonte: Ascom do senador Walter Pinheiro

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Produção de coco e sua cadeia produtiva cresce na Bahia‏



Produção de coco e sua cadeia produtiva cresce na Bahia
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de coco, aproximando-se de três milhões de toneladas do fruto por ano, sendo que a Bahia tem a liderança nacional. No estado, há plantações em todos os 27 Territórios de Identidade, com destaque para o do Litoral Norte, especialmente nos municípios de Conde, Jandaíra, Esplanada e Acajutiba. A produção de coco é o tema abordado no programa Encontro com Gabrielli desta semana, que está disponível para download no site www.facebook.com/encontrocomgabrielli.
Diferente do que muitos pensam, apesar do coco ser encontrado no Brasil há centenas de anos, seu cultivo e produção em escala comercial só tiveram início em 1950, com a introdução de coqueiros provenientes da Ilha de Cabo Verde (África). A porta de entrada desse material foi a Bahia, a partir de onde a cocoicultura foi disseminada por todo o litoral nordestino, se adaptando, posteriormente, a outras regiões do país.
Até 1990, a Bahia produzia cerca de 113 mil toneladas de coco por ano, quantidade que aumentou quatro vezes em 20 anos. Em 2010, a produção no estado superou 500 milhões de frutos, gerando mais de R$ 220 milhões e 240 mil postos de trabalho. “Somos favorecidos com condições ideais para o desenvolvimento dos coqueiros, ou seja, terrenos arenosos na maior parte da faixa costeira e sol forte”, observa o economista e secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli.
Essas condições físicas apontadas por ele, diz, favorece que a comercialização do coco seja realizada durante o ano todo, permitindo, assim, que o produtor tenha um fluxo contínuo de receita ao longo da vida produtiva do coqueiro. Estatísticas do setor indicam que a produção de coco no Brasil encontra-se em franco crescimento, com quase três milhões de toneladas por ano, sendo que 35% dessa produção é vendida para agroindústrias que produzem principalmente coco ralado. A outra parte da produção é consumida como água de coco, nos mercados do Sul, Sudeste e Nordeste.
Hoje, a água de coco representa 1,4% do consumo de bebidas no mercado brasileiro. “Ainda é pouco, mas a expectativa é que essa fatia atinja os 5%, chegando a 500 milhões de litros. Com o aumento contínuo do consumo da água de coco, esse é um mercado bastante promissor, competindo, inclusive, com as bebidas do tipo isotônicos”, ressalta Gabrielli. Para atingir essa meta, entretanto, comenta o secretário, é necessário o desenvolvimento tecnológico de processamento de embalagens que permitam a manutenção das características nutricionais e o sabor da água de coco.
RESÍDUOS - Por outro lado, acrescenta Gabrielli, junto com o aumento do consumo cresce também a geração de um resíduo de difícil degradação, que é a casca do coco. Contudo, existem muitas possibilidades para transformar esse resíduo em matéria-prima, que vai desde a produção de estofamentos e forros automotivos até vasos e palmilhas para caçados.
“Aqui na Bahia, esse aproveitamento ainda é pequeno. Mas algumas empresas já enxergam esse potencial e estão ampliando o trabalho com a casca do coco”, revela Gabrielli. Entre estas empresas se destaca o Grupo Aurantiaca, que está investindo cerca de R$ 200 milhões no plantio de fazendas de coco e em uma moderna agroindústria para o beneficiamento integral do fruto.
Também há previsão do grupo construir a primeira fábrica de fibra de coco da Bahia, no município de Conde, gerando cerca de 500 empregos diretos e três mil indiretos, num complexo industrial com capacidade para processar 800 mil cocos por dia.  
PROGRAMA - O conteúdo do programa de rádio semanal está disponível para downloadno site www.facebook.com/encontrocomgabrielli, podendo ser veiculado gratuitamente nas rádios ou postado em sites e blogs. Contatos e sugestões para o programa podem ser feitos através do e-mail encontrocomgabrielli@gmail.com.

Estados tentam acordo no Supremo sobre divisão territorial | Carta Capital


Disputa judicial

14.11.2012 16:26

Estados tentam acordo no Supremo sobre divisão territorial

Em audiência de conciliação realizada na terça-feira 13 no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, os governadores Jacques Wagner (Bahia), Marconi Perillo (Goiás), Siqueira Campos (Tocantins) e Wilson Martins (Piauí) concordaram em realizar reuniões para enc0ntrar uma solução sobre as divisas territoriais de seus estados. A disputa é objeto de uma ação cível (ACO 347) em trâmite no Supremo.
Governadores debatem questão territorial no gabinete do ministro Luiz Fux, no Supremo. Foto: STF
De acordo com Marconi, uma perícia feita pelo Exército garante ao estado o acesso a mais de 90 mil hectares de terras produtivas no nordeste goiano na divisa com a Bahia. Segundo o governador, a próxima audiência no STF sobre a questão será no dia 13 de dezembro, quando espera que seja homologado o acordo definitivo com o governo baiano.
A audiência foi convocada pelo ministro Fux, relator da ação, a fim de abrir o processo de mediação do conflito. A ACO foi ajuizada em 1986 pelo estado da Bahia, visando à determinação e à demarcação da divisa com Goiás e, a partir de 1989, também com Tocantins.
“Na atual fase do processo, existe não apenas a possibilidade de acordo como também a predisposição das partes na obtenção de uma resolução pacífica do conflito”, afirmou o ministro GFuz. Segundo ele, “há uma nítida zona de acordo possível capaz de beneficiar todas as partes da ação”, o que permitiu dar início ao processo de mediação.
Ao fim da audiência, os governadores concordaram que o ponto de trijunção das fronteiras dos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia está situado entre as bacias dos rios Tocantins e São Francisco, no seu entroncamento com o espigão divisor de águas que se estende a partir das cabeceiras do rio Cariranha, afluente do São Francisco. Partindo desse pressuposto, os estados realizarão reuniões separadas (Bahia e Goiás, Tocantins e Piauí), para debater o tema.
Demarcações provisórias
Em 2005, o então relator da ação, ministro Eros Grau (aposentado), deferiu parcialmente medida liminar requerida pelo estado da Bahia para sobrestar os efeitos das decisões proferidas nas instâncias inferiores sobre a situação nas áreas da região. A liminar determinou que os Tribunais de Justiça dos Estados da Bahia, Goiás e Tocantins suspendessem a execução de sentenças de mérito e acórdãos não transitados em julgado. Os casos de urgência deveriam ser decididos com base nos limites territoriais atualmente demarcados, constantes de cartas arquivadas no IBGE.
Enquanto as negociações paralelas se desenvolverem, os estados também irão respeitar as demarcações feitas pelo IBGE que já constam dos autos. “Com isso, vamos evitar conflitos de decisões judiciais e a atuação simultânea de várias autoridades policiais que geram potencialmente uma situação de conflito perigosa, e ainda transmitir segurança jurídica para os cidadãos dessas localidades”, assinalou o ministro Luiz Fux.
Segundo o ministro, os governadores se mostraram dispostos a promover alterações nos limites territoriais, guardadas as ressalvas em relação a eventuais prejuízos econômicos, que serão também mensurados. “Temos absoluta certeza de que vamos resolver esse processo de maneira consensual com todos os estados envolvidos”.

DOCUMENTO APROVADO PELA COMISSÃO EXECUTIVA DO PT EM DISCORDÂNCIA A DECISÃO JULGAMENTO DO STF DA AÇÃO PENAL 470


 
Leia o documento aprovado nesta quarta-feira durante reunião da Comissão Executiva Nacional do PT, em São Paulo
 
Rui Falcão (D), presidente nacional do PT,junto com o secretário de Comunicação, André Vargas (PT-PR) - Foto: Luciana Santos/PTO
 
 
PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
 
 
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
 
 
O STF negou aos réus que não tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente consagrado.
 
A Constituição estabelece, no artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte. E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter permanente.
 
Foi por esta razão que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha decidido em sentido contrário no caso do “mensalão do PSDB” de Minas Gerais.
 
Ou seja: dois pesos, duas medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
 
 
Vale lembrar, finalmente, que em quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância – todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez.
 
Por isso mesmo, o PT considera legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
 
 
2. O STF deu valor de prova a indícios
 
 
Parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma “pouco ortodoxa” (segundo as palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas, transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções, inferências e a transformação de indícios em provas.
 
À falta de elementos objetivos na denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias – fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou provas cabais.
 
Cabe à acusação apresentar, para se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa—papel que competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
 
 
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
 
 
O STF deu estatuto legal a uma teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina, considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização. Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a condenação.
 
Ao lançarem mão da teoria do domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu “tinha como não saber”...
 
Ao admitir o ato de ofício presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva, o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não pelo que teria feito.
 
Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
 
 
4. O risco da insegurança jurídica
 
 
As decisões do STF, em muitos pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança jurídica no País.
 
Pairam dúvidas se o novo paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
 
Doravante, juízes inescrupulosos, ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
 
Quanto à suposta compra de votos, cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
 
Ao instaurar-se a insegurança jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal 470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião. Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
 
 
5. O STF fez um julgamento político
 
 
Sob intensa pressão da mídia conservadora—cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e propagam a repulsa de uma certa elite ao PT - ministros do STF confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
 
Único dos poderes da República cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal - assim como os demais poderes e todos os tribunais daqui e do exterior - faz política. E o fez, claramente, ao julgar a Ação Penal 470.
 
Fez política ao definir o calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para compensar a escassez de provas.
 
Contrariamente a sua natureza, de corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus julgamentos.
 
No STF, venceram as posições políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).
 
Embora realizado nos marcos do Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT. Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas, principalmente, condenar alguns pela “compra de votos” para, desta forma, tentar criminalizar o PT.
 
Dezenas de testemunhas juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para servir aos objetivos da condenação.
 
Alguns ministros procuraram adequar a realidade à denúncia do
 
 
Procurador Geral, supostamente por ouvir o chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
 
A luta pela Justiça continua
 
 
O PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal 470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente - que o PT luta para transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional - não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei e dos poderes que emanam do povo.
 
Na trajetória do PT, que nasceu lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros. No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
 
A despeito das campanhas de ódio e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
 
Abriram-se novas oportunidades para todos, o Brasil tornou-se a 6a.economia do mundo e é respeitado internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
 
 
Tanto quanto fizemos antes do início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal.
 
Ao mesmo tempo, reiteramos as resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos coletiva ou individualmente.
 
 
É com esta postura equilibrada e serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema político - o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais - e pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e corrigidas.
 
Conclamamos nossa militância a mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.
 
 
São Paulo, 14 de novembro de 2012.
 
 
Comissão Executiva Nacional do PT.
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terça-feira, 13 de novembro de 2012

CÂMARA FEDERAL APROVA O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE A VIGILANTES E SEGURANÇAS PRIVADOS


Acabou de ser aprovado na Câmara Federal, o adicional de periculosidade a vigilantes e seguranças privados devido ao risco de roubos ou outras espécies de violência física. O Plenário aprovou rapidamente a emenda do Senado ao Projeto de Lei 1033/03, que institui o adicional de 30% sobre o salário base dos trabalhadores em todo o país. Os senadores também incluíram no texto a especificação de que o adicional vinculado ao risco de roubo ou violência será devido aos trabalhadores das atividades de segurança pessoal e patrimonial. A matéria será enviada à sanção presidencial. Uma conquista mais que digna para aqueles que colocam em risco as suas vidas em prol do outro. Uma efetivação de direito mais que merecida para esta grande classe trabalhadora.
Acabou de ser aprovado na Câmara Federal, o adicional de periculosidade a vigilantes e seguranças privados devido ao risco de roubos ou outras espécies de violência física. O Plenário aprovou rapidamente a emenda do Senado ao Projeto de Lei 1033/03, que institui o adicional de 30% sobre o salário base dos trabalhadores em todo o país. Os senadores também incluíram no texto a especificação de que o adicional vinculado ao risco de roubo ou violência será devido aos trabalhadores das atividades de segurança pessoal e patrimonial. A matéria será enviada à sanção presidencial. Uma conquista mais que digna para aqueles que colocam em risco as suas vidas em prol do outro. Uma efetivação de direito mais que merecida para esta grande classe trabalhadora.
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CUT DIVULGA RESOLUÇÃO SOBRE DESTINAÇÃO DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO PARA A EDUCAÇÃO



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
CUT divulga resolução sobre destinação dos royalties do petróleo para a Educação
A elaboração do Plano Nacional de Educação – PNE que entra em vigor no próximo ano apresenta 20 metas que têm como maior objetivo promover um amplo processo de democratização da educação, além de apontar na perspectiva da almejada garantia da qualidade socialmente referenciada da educação brasileira.

O plano tem como parâmetros a valorização dos profissionais da educação, a universalização do acesso, maior articulação do ensino com os campos da ciência e tecnologia, articulação das diferentes redes de ensino, entre outros.
Para tanto, considera-se que o cumprimento da meta 20 do PNE, que prevê a destinação de 10% do Produto Interno Bruto – PIB é extremamente relevante na direção dos objetivos e perspectivas apontadas nas outras 19 metas. Construiu-se um amplo consenso que para o cumprimento da meta 20, seria indispensável a destinação de 100% dos recursos oriundos dos royalties do petróleo. Havia concordância da Presidenta Dilma, bem como do Ministro da Educação Aloizio Mercadante.
No entanto, para surpresa de todos os setores que lutam por um Plano Nacional de Educação democrático, includente e com potencial para avançarmos na superação da grande dívida social que o país ainda possui com uma grande parcela da população, a Câmara dos Deputados na noite da última terça-feira (6/11), contrariando o amplo entendimento construído e desconsiderando o substitutivo do Dep. Carlos Zarattini, aprovou o texto-base do Senado Federal do Projeto de Lei 2565/2011, que muda a distribuição dos royalties do petróleo. Sendo assim, não há mais nenhuma garantia de que a meta 20 do PNE seja efetivamente alcançada.
Para a Central Única dos Trabalhadores, trata-se de um golpe de um grupo de deputados liderados pelo DEM que, curvando-se às chantagens de prefeitos e governadores comprometem todos os compromissos do Brasil com a promoção da cidadania substantiva, na qual a educação cumpre uma função indispensável.
A CUT continuará na defesa da meta 20 do PNE e investirá em um processo de pressão e mobilização para que os recursos dos royalties do petróleo tenham como destino os investimentos na educação. Vamos pressionar o Poder Executivo Federal para que vete o projeto aprovado na Câmara e retome as articulações e negociações para a apresentação de uma Medida Provisória específica, vinculando as receitas da União, Estados e Municípios com os royalties à Educação, tendo em vista a garantia da qualidade da educação brasileira, fundamental para um desenvolvimento sustentável e pautado em um contínuo processo de inclusão social.
São Paulo, 08 de Novembro de 2012.
Fonte: www.pt.or.br

ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA É PILAR PARA DESENVOLVIMENTO DO PAÍS, DIZ DILMA



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
Alfabetização na idade certa é pilar para desenvolvimento do país, diz Dilma
A presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (12), durante o programa Café com a Presidenta, deu detalhes sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, anunciado em cerimônia no Palácio do Planalto na última quinta-feira (8). O programa prevê investimentos de R$ 2,7 bilhões até 2014 em capacitação, material didático e bolsas para cerca de 360 mil professores alfabetizadores.

“Estamos trabalhando para sermos uma sociedade com igualdade de oportunidades. Estamos formando as bases e os pilares, sobre os quais vamos construir o futuro do nosso país e das nossas crianças. (…) O nosso objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país, sem exceção, sejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples e, também, somar e subtrair, e ter noções de multiplicar e dividir”, ressaltou.
Para a presidenta, o sucesso do pacto passa pela valorização dos professores alfabetizadores, considerados por elas “os heróis dessa nossa história”. Para capacitação, estão sendo preparados cursos em 34 universidades, com aulas ministradas, uma vez por mês, na cidade do professor, que receberá bolsa de R$ 200 para despesas com deslocamento e alimentação.
“Todos os professores são importantes, mas os 360 mil alfabetizadores do Brasil são os mais importantes, porque estão formando a base, o futuro do conhecimento do país. Por isso, queremos atrair para a alfabetização os melhores professores das escolas. E vamos também, Luciano, premiar os melhores resultados. Para isso, vamos usar os resultados da avaliação que faremos no final do próximo ano com os alunos de todo o Brasil. Nós já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação”, disse.
A presidenta lembrou que o pacto ainda prevê avaliações periódicas do aprendizado dos estudantes, que, segundo ela, é “uma das iniciativas mais importantes”. O objetivo é detectar se alguma criança está ficando para trás no conteúdo a tempo de ajudá-la a aprender na idade certa. Dilma ainda lembrou o caso de Sobral, no interior do Ceará, que começou com o programa em 2001, e foi ampliado para todo o estado. Antes da implementação da iniciativa, em 2000, 11% das crianças do primeiro ano do ensino fundamental da cidade abandonavam a escola, e, quatro anos depois, o abandono escolar caiu para zero.
“Veja que esse é um esforço que vale a pena e pode mudar a vida de muita criança. Eu quero pedir aos pais que também assumam esse compromisso com a Alfabetização na Idade Certa. O governo está fazendo a sua parte. Estamos investindo na construção de creches e pré-escolas em todo o país e na educação em tempo integral. As crianças que chegam no primeiro ano da escola vindo de uma creche e de uma pré-escola já vêm mais preparadas para a alfabetização”, ressaltou.
Fonte: www.pt.org.br

COMUNIDADES TRADICIONAIS PODEM GARANTIR DIREITO A TERRAS NA BAHIA



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
Comunidades tradicionais podem garantir direito a terras na Bahia
A regularização fundiária de terras públicas estaduais, rurais e devolutas ocupadas por Comunidades Remanescentes de Quilombos e de Fundos e Fechos de Pastos está em pauta na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O relator do Projeto de Lei nº 19.965/2012, de origem do Poder Executivo, o deputado estadual Marcelino Galo (PT) disse, na manhã de ontem (12), que a peça já está em tramitação na Casa e que a proposta assegura a concessão de direito real de uso dessas terras a uma vertente de povos tradicionais.
Ele evela ainda que a Bahia precisa avançar no que diz respeito ao processo discriminatório de terras devolutas e também precisa delimitar o conceito de terras públicas.
“Esse direito é um grande avanço do Estado e uma conquista destas comunidades tradicionais. É, como poderia dizer, umas das formar de discriminação de terras. Dessa forma, o Poder Executivo faz justiça e avança na organização das terras em nosso estado, beneficiando os trabalhadores excluídos e comunidades em condições de vulnerabilidade social. Agora precisamos trabalhar conceitos e novas iniciativas para avançar mais nesse processo de regularização fundiária”, salienta Galo. 
O parlamentar petista disse também que na época do Brasil Colônia muitos povos tinham a concepção de propriedade apenas sobre o rebanho, armas, animais e moedas. “Tiveram ainda esta concepção sobre pessoas, como aconteceu no período da escravidão. É o regime político que influência o direito de tal sorte que a propriedade depende do traço característico do regime. Em Cuba, por exemplo, até hoje, não se conhece o direito de propriedade. A propriedade privada, portanto, não se origina da natureza, mas se funda em convenções, as quais resultam da ordem social predominante”, salienta Galo fazendo referência aos dois projetos de lei encaminhados à Alba por ele.
As proposições do deputado estadual se referem a um processo mais amplo de regularização de terras na Bahia. O processo discriminatório de terras devolutas do Estado, por exemplo, é objeto do Projeto de Lei nº 19.077/2011, que foi para a relatoria do deputado Nelson Leal (PSL), no dia 2 maio de 2011, na Comissão de Constituição e Justiça da Alba. Outro PL, o de número 19.078/2011, dispõe sobre os conceitos das terras públicas e devolutas estaduais com a criação de uma comissão que determinaria a legalidade dessas terras. Essa peça também está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, com deputado Joseildo Ramos (PT), como relator.     
Ainda segundo o parlamentar, os procedimentos e tramitações administrativas à regularização fundiária do projeto de lei do Executivo (nº 19.965/2012) seriam normatizados pelas Secretarias de Reparação e Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) e de Meio Ambiente (Sema), assegurando ainda aos beneficiários acesso a assessoria jurídica por meio da Defensoria Pública e ou representação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Fonte: Ascom do deputado Marcelino Galo

INVESTIMENTO FEDERAL


INVESTIMENTO FEDERAL EM POLÍTICAS SOCIAIS JÁ CHEGA A 17% DO PIB

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Investimento federal em políticas sociais já chega a 17% do PIB
Os investimentos anuais do Governo Federal em políticas sociais saltaram de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) há dez anos para quase 17% em 2012. “Com o crescimento do PIB nesse período, o valor absoluto dobrou em menos de uma década e corresponde, neste ano, a R$ 656 bilhões”, disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Em reunião do 3º Fórum Interconselhos, representantes do Governo e da sociedade civil definiram como será o acompanhamento da execução desses projetos dentro do PPA 2012-2015, o Plano Mais Brasil.
A ideia é realizar encontros semestrais do Fórum, que fará uma análise dos relatórios produzidos pelo Ministério do Planejamento. Estão previstas também a realização de debates virtuais e o fortalecimento das instâncias de monitoramento nos conselhos nacionais, como meios de propiciar mais transparência na aplicação das verbas públicas. “A maior defesa da democracia é vê-la aplicada na prática”, disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, durante o encontro que reuniu cerca de 200 representantes de entidades de movimentos sociais e membros de conselhos e conferências nacionais.
 
De acordo com o ministro, é necessário ampliar a participação da sociedade com a efetivação de instrumentos de consulta, como plebiscitos e referendos. Segundo ele, está sendo construído um sistema nacional de participação social, para “dar maior organicidade ao processo de participação que, com isto passará a ser uma política de Estado”. Para ele, a democracia participativa “já saiu do discurso para a prática”.
 
Mais Brasil
O Plano Mais Brasil foi aprovado no Congresso Nacional com R$5,5 trilhões em recursos para as políticas sociais, de infraestrutura, produtivas e ambientais nos próximos quatro anos (veja gráfico acima). Entre os R$ 2,5 trilhões em investimentos sociais, 55% são para a Previdência Social, que beneficia direta e indiretamente mais de 100 milhões de brasileiros, e 12% para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Do R$ 1,1 trilhão para infraestrutura, 57,7% irão para saneamento básico e construção de moradias.

Os conselheiros participaram da elaboração do PAA 2012-2015. No II Fórum Interconselhos, em outubro do ano passado, foram apresentadas mais de 600 propostas que, depois de analisadas, resultaram na incorporação total de 77% das sugestões e parcialmente de cerca de 20% no texto do projeto de lei do PPA enviado ao Congresso Nacional.

Na opinião da ministra Miriam Belchior, o Fórum Interconselhos supre a necessidade de um espaço próprio, institucionalizado e permanente, para que a participação social colabore para a implementação e o aperfeiçoamento do PPA.

Entre as metas até 2015 está, por exemplo, a assistência técnica para 1,5 milhão de produtores rurais e oferecer 8 milhões de vagas na educação profissional e tecnológica. O PPA prevê implantar mais 3.272 unidades básicas de saúde para alcançar o total de 40.164 instaladas. Além de incluir 800 mil famílias em extrema pobreza no Programa Bolsa Família, o plano busca ampliar a cobertura previdenciária das mulheres trabalhadoras de 64,5% para 75%.

PT ALERTA PARA OS NOVOS PRAZOS DEFINIDOS PELA COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL


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Filiações: PT alerta para os novos prazos definidos pela Comissão Executiva Nacional
Conforme calendário aprovado pela Comissão Executiva Nacional do PT, o prazo para que as instâncias municipais deliberassem sobre os pedidos de filiação recebidos terminou no dia 10 de novembro de 2012. A ata da reunião da Comissão Executiva e a relação dos pedidos de filiação analisados deverão ter ampla e imediata divulgação e cópia deste documento precisam ser enviada para a Secretaria Estadual de Organização.
Os novos filiados e filiadas poderão participar das plenárias de filiação até o dia 10 de março de 2012. Neste caso as datas de filiação serão, excepcionalmente, alteradas para 10 de novembro de 2012.
Termina no dia 10 de dezembro o prazo para registro no SISFIL do pedidos de filiação analisados pelas Executivas Municipais. Os municípios que ainda não aderiram ao Sisfil devem enviar pelo correio, também até 10 de dezembro, através de SEDEX ou carta registrada, os formulários de filiação e a ata da reunião da Comissão Executiva.
Fonte: www.pt.org.br / SORG-PT

BRASILEIROS NEGROS JÁ SÃO 51% DA CLASSE MÉDIA



ESCRITO POR  ASCOM PT BAHIA
Brasileiros negros já são 51% da classe média
Dos 36 milhões de brasileiros que ingressaram na classe média durante os últimos dez anos, 75% eram negros, revelou estudo desenvolvido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), divulgado nesta segunda-feira (12/11). Com isso, a participação dos negros na classe média subiu de 38%, em 2002, para 51%, neste ano, garantindo equilíbrio racial para essa parcela da população.
“O ideal é que, se os negros são 50% da população brasileira, eles sejam 50% da classe média. Se no Nordeste eu tenho 34% da população brasileira, o ideal é que eu tenha 34% na classe média. A nossa classe média passou a ser muito mais heterogênea, passou a ser um retrato do Brasil”, disse Ricardo Paes de Barros, secretário de Ações Estratégicas da Secretaria.

A pesquisa, que resultou no segundo número da série Vozes da Classe Média, mostrou uma mudança no perfil da nova classe média brasileira, que hoje responde por 52% do total da população do País e que tem renda per capita familiar que varia entre R$ 291 e R$ 1.019. As estimativas tiveram como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

“É o grupo que está se movimentando, que gostaria de mudar de classe e planeja, toma medidas para que seus descendentes também mudem”, disse o ministro da SAE, Moreira Franco.

Classes alta e baixa permanecem desiguais
O aumento do número de negros na classe média trouxe equilíbrio racial para esse extrato social. Porém, isso não ocorreu entre as camadas mais abastadas da sociedade. “Nós temos agora igualdade racial na classe média. Mas é claro que não temos igualdade racial nem na classe alta, nem na classe baixa. A classe alta é predominantemente branca e a classe baixa é negra”, declarou Ricardo Paes de Barros.

A fatia da sociedade composta por indivíduos de classe média passou de 38%, em 2002, para 52%, este ano. O que representa um crescimento de 14 pontos percentuais. Já a classe baixa, cujo rendimento per capita varia de R$ 81 a R$ 291, sofreu redução de 21 pontos percentuais: era 48% em 2002 e caiu para 28% neste ano.

A classe alta, com renda acima de R$ 1.019, apresentou expansão de 7 pontos percentuais, passando de 13% em 2002, para 20% neste ano. “O que aconteceu no Brasil, na última década, foi uma mudança sem precedentes na distribuição de renda brasileira. O tamanho desses três grupos mudou de uma maneira radical”, avaliou o ministro.

Maioria dos jovens na classe média
 Outra constatação do estudo é que estão na classe média 55% dos jovens e 53% das mulheres brasileiras. O País também conseguiu reduzir o índice de extrema pobreza, que era 11% em 2003 e, após um período de cinco anos, caiu para menos da metade.

O levantamento também apontou a região Sudeste como destaque, por ser a região que mais colocou novas pessoas na classe média, o equivalente a 36% do total de novos integrantes. Em seguida, aparece a região Nordeste com 34% dos novos membros dessa classe social.

Os nordestinos responderam pelo maior aumento regional da classe, passando de 22% em 2002, para 42%. No Sudeste, a diferença ficou em 11 pontos percentuais – em 2002, a participação da classe média na região era 46% e subiu para 57% neste ano. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram crescimento de 17 pontos percentuais, um avanço de 31% para 48% no Centro-Oeste e de 40% para 57% no Norte. O menor crescimento ocorreu no Sul, que passou de 49% para 58%.

De acordo com Ricardo, as mudanças nos extratos sociais brasileiros são reflexos da diminuição da desigualdade de renda. “É um fato surpreendente que essa classe média surja da redução da desigualdade. E essa redução cria um grupo do meio [classe média], dos batalhadores, que é o mais heterogêneo. Ele [o grupo] é mais a cara do Brasil do que a elite brasileira é, ou a classe baixa é”, disse.
Fonte: ww.ptnosenado.org.br

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

José Genoíno e sua defesa reiteram seu respeito ao Supremo Tribunal Federal.




A aplicação da pena é apenas a decorrência maior da injustiça já antes perpetrada. Sua condenação contraria toda a prova dos autos.
Irresignado, o acusado viverá até o fim de seus dias. E isso quer dizer que continuará batalhando junto ao Supremo a causa de sua inocência. Condenação sem o mínimo indício de prova merece reparação seja quando for, onde for e de quem for.
Homem público reconhecido por sua Ética, por sua Moral ilibada, por sua vida de dedicação ao projeto de País no qual sempre acreditou e acredita. Exemplo de bom servidor, pai, marido e avô. Exemplo de amigo, de companheiro de seus companheiros, de fraterno porém corajoso lutador, que não esmorece e nem esmorecerá jamais diante de qualquer que seja a adversidade.
Homem de guerrilha, prisão e tortura, batalhador congressista que foi, não se impressiona com a condenação de agora. Antes, encara e de peito aberto e cabeça erguida. Foi feito um juízo – e dele mais uma vez discorda firme e energicamente – um juízo de valor sob a égide do Estado de Direito. Convém respeitá-lo.
Aceitá-lo, jamais!
Vencido foi o réu e vencida foi a própria Justiça! Paciência. Resignação, de parte do acusado, nunca! Paciência e submissão às ordens emanadas da mais elevada Corte, sob o regime do Estado de Direito, sim.
Subserviência, jamais!

Luiz Fernando Pacheco – advogado de José Genoíno Neto

Barbosa muda ordem de julgamento e Lewandowski deixa plenário



Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma nova discussão entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, relator e revisor da Ação Penal 470, respectivamente, levou Lewandowski a deixar o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) logo no início da sessão desta segunda-feira 12. Os ministros trocaram acusações devido à inversão da ordem do julgamento. Barbosa havia anunciado, na semana passada, que o próximo núcleo que teria as penas fixadas seria o financeiro. Hoje, no entanto, começou a apresentar as penas do núcleo político.
Lewandowski se disse surpreso com o fato de Barbosa ter feito a inversão sem comunicar os demais. “Eu não aceito surpresas, senhor relator. A imprensa está surpresa porque anunciou que seria o núcleo bancário. Não é possível procedermos desta forma. Eu estou surpreendido, os advogados, e seguimos regras, da publicidade e da transparência”, criticou o revisor.
Barbosa rebateu dizendo que o que está surpreendendo a todos é a lentidão no julgamento do processo. “O que surpreende é o joguinho. Eu que estou surpreendido com ação de obstrução de Vossa Excelência”. Barbosa criticou o colega porque, na semana passada, Lewandowski levou vários minutos para ler um artigo de jornal em defesa dos réus do núcleo publicitário.
Lewandowski exigiu uma retratação sobre as acusações de obstrução, e como Barbosa negou, o revisor deixou o plenário. O revisor não participa da fixação das penas do primeiro réu cuja conduta é analisada, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele já recebeu pena unânime de dois anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha.
A crítica de Lewandowski sobre a inversão no julgamento não foi acatada pelo presidente Carlos Ayres Britto, que manteve a proposta de começar as penas do núcleo político. Ele lembrou que, no início do julgamento, ficou definido que cada ministro adotaria a metodologia que considerasse melhor para o bom andamento do caso.
Após novas críticas do ministro Marco Aurélio, que pediu a palavra para discordar das mudanças repentinas no programa do julgamento, Barbosa explicou que fez a inversão porque o núcleo político é menor. “São apenas seis penas, e superado esse grupo, acho que andaremos mais rápido”.
Acompanhando propostas do relator, os ministros definiram as penas restantes para Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP&B Comunicação. Barbosa propôs, para o crime de lavagem de dinheiro, pena de cinco anos de prisão e 110 dias-multa de cinco salários mínimos cada. Em relação ao crime de evasão de divisas, o relator lançou a pena de três anos, cinco meses e 20 dias de prisão, além de 68 dias-multa de cinco salários mínimos cada.
Confira as penas fixadas para Simone Vasconcelos (diretora SMP&B):
Capítulo 2 – Formação de quadrilha
a) formação de quadrilha: um ano e oito meses (prescrita)
Capítulo 4 – Lavagem de dinheiro
a) lavagem de dinheiro: cinco anos de prisão + 110 dias-multa de cinco salários mínimos cada (R$ 143 mil)
Capítulo 6 – Corrupção de parlamentares
a) corrupção ativa: quatro anos e dois meses de prisão + 110 dias-multa de cinco salários mínimos cada (R$ 143 mil)
Capítulo 8 – Evasão de divisas
a) evasão de divisas: três anos, cinco meses e 20 dias de prisão + 68 dias-multa de cinco salários mínimos cada (R$ 88,4 mil)