sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ITACARÉ E SUA URBANIZAÇÃO

POR DIEGO AUGUSTO
Estudante da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz no Curso Ciência Sociais

O processo de urbanização brasileira está de forma direita ligada ao processo de industrialização que se intensificou a partir do governo de Getúlio Vargas, o que acarretou uma série de transformações sociais, sobretudo, um crescimento desordenado.

Itacaré com a massificação do turismo no final dos anos 1990 e início dos anos 2000 fizeram que muitas pessoas das regiões vizinhas e de outros Estados viessem em busca de emprego e qualidade de vida nessa indústria que a cada dia ganhava força, contudo, essas pessoas precisavam de moradia, terem um “lugar para chama de seu” isso se deu de forma dual, ou seja, separou em aqueles que podiam pagar aluguéis e/ou comprarem terrenos em lugares bem localizados que tinham os ‘melhores’ cargos e aqueles que não tinham condições de terem o seu, pois, que restavam era o subemprego para aqueles que tiveram o “mérito”, o qual fez com que criassem espaços em meio a barrancos e áreas de brejos esta última, diga-se de passagem, a qual boa parte da cidade foi e é edificada, no entanto, mesmo pertencendo a estratos sociais deferentes não há imunidade para uns em detrimento dos outros no que concerne às forças da natureza e as fortes chuvas de ontem (27) e hoje (28), mostraram isso. Mas, o que mais nos choca é a nítida falta de planejamento da nossa cidade (não é exclusividade de Itacaré) que durante muitos anos não se preparou para essa latente indústria e para seus desdobramentos. Então, o questionamento que fica é até quando nossos gestores farão vistas grossas ou até quando usarão estes problemas que é histórico como plataforma eleitoral? Não quero com isso tira a culpa da população que é conduzida por um discurso de (des) transformação. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

É POSSÍVEL EVITAR AS ENCHENTES NAS CIDADES?

POR GENILSON SOUZA

Primeiramente gostaria de ser solidário a todas as pessoas que tiveram suas casas inundadas, seus móveis estragados e que assistiram sem poder fazer muita coisa, o fruto do seu trabalho e esforço sendo devastado pelas águas provocadas pelo alagamento nessa última Quinta Feira, em Itacaré e em vários município baiano.
Não existe fórmula mágica para evitar os alagamentos, mas algumas mudanças na infraestrutura urbana podem minimizar o efeito do excesso de água. O desafio principal é encontrar alternativas para evitar a impermeabilização do solo e o assoreamento dos rios (acúmulo de detritos que causa a redução da profundidade e da vazão). Afinal, reduzir o volume de chuvas não é possível, nem desejável. As áreas urbanas são as que mais expressam as intervenções humanas no meio natural.
O desmatamento, as edificações, a canalização, a mudança do curso dos rios, a poluição da atmosfera, dos cursos de água e a produção de calor geram diversos efeitos sobre os aspectos do ambiente. As alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas são sentidas pela população, tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o aumento de precipitação e as enchentes. Essa última consequência do processo de urbanização teve como causa principal a construção de casas, comércios, vias marginais implantadas nas áreas de várzeas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema constante nos períodos chuvosos nas principais cidades.
Essa é uma realidade vivida na maioria das cidades brasileira, e Itacaré não fica fora dessa realidade. Temos dois agravantes: a intervenção humana no meio natural e a omissão do poder públicos nas ações humanas e nas politicas estruturantes de desenvolvimento urbano.
Itacaré sofre um processo de desordenamento urbano histórico, pois, os gestores municipal nunca priorizaram o planejamento de desenvolvimento da cidade.
Assistimos ao longo do processo de urbanização de Itacaré uma série de desordem, que certamente nós levaríamos aos problemas urbanos atuais. Casas sendo construídas de forma totalmente irregular, próximo de riachos, valas, encostas, bairros sendo formado em áreas de mangue, desmatamento de floretas e matas ciliares, loteamos de glebas de terras sendo licenciados sem que o loteador tenha se comprometido e cumprido com suas obrigações legais como: Sistema de escoamento de águas pluviais, sistema de esgotamento sanitário, sistema de abastecimento de água potável, rede de energia elétrica pública e domiciliar, vias de circulação com obras de meio-fio e pavimentação, etc.
 Todas essas ações praticadas ao longo dos anos em nossa cidade, sem a devida atuação do poder público que deveria atuar como agente fiscalizador e regulador permitiram o desordenamento urbano de Itacaré, onde hoje, estamos começando a colher os frutos negativos desse descaso e da falta de planejamento que foi condenada a nossa cidade.
Sempre quando sou questionado, qual é o maior problemas de Itacaré para se tornar uma cidade ordenada e desenvolvida, respondo com muita clareza: falta de planejamento. Não é possível administrar aquilo que não se mede. Infelizmente sofremos pela falta de planejamentos ao longo do tempo. Nunca se teve por parte dos nossos gestores municipal um plano de curto médio e longo prazo com as diretrizes de desenvolvimento de Itacaré; haja vista que o PDDU - Plano de Diretrizes de Desenvolvimento Urbano, vem se arrastando a décadas.
Contudo, acredito que nunca é tarde para começar, estamos em um processo de real transformação no país, as politicas públicas do Governo Federal, está ai para viabilizar as ações dos gestores municipais na busca de soluções para resolver os problemas estruturais dos centros urbanos em todos os sentidos. Podemos cita, por exemplo, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), que viabilizará recurso para implantação de projeto de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Resta ao gestor municipal se organizar para poder apropriar-se dessas politicas e fazer acontecer na cidade, assim como a população deverá assumir uma postura de cooperação e participação da vida pública, atuando de forma protagonista na cobrança e na fiscalização dessas ações que precisam ser executadas imediatamente.
GENILSON SOUZA
PRESIDENTE DO DIRETÓRIO DO
PT- ITACARÉ


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Itacaré: Escola do Ponto Novo serve “uma laranja” como merenda dos alunos.


Itacaré: Escola do Ponto Novo serve “uma laranja” como merenda dos alunos.

Foto: Ilustrativa.

Uma laranja apenas foi servida recentemente como merenda escolar dos alunos na Escola Oscar Moreira de Matos, no povoado de Ponto Novo, município de Itacaré. A denúncia foi feita pela mãe de um dos alunos da escola que ficou revoltada com a situação. Além de servir laranja, como merenda para os alunos a escola sofre com a falta frequente de água. Outra denúncia feita pelas mães dos alunos é a situação do transporte escolar que quebra com frequência. Fonte: Ubaitaba Urgente

Municípios têm até 22 de novembro para enviar projetos de novos Cras e Creas


Propostas para construção devem ser enviadas por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv).


As prefeituras habilitadas no Sistema Único de Assistência Social (Suas) poderão apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), até o dia 22 de novembro, projetos para a construção de Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Ao todo, foram selecionadas, a partir de critérios aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), 355 prefeituras que podem solicitar apoio para construção de Cras e 126 para Creas.
Os projetos que preencherem os requisitos receberão recursos vinculados ao orçamento da União deste ano e poderão aprimorar a rede pública de serviços socioassistenciais financiados pelo governo federal. As propostas para construção de Cras e Creas devem ser enviadas por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). A lista dos municípios habilitados e os links para apresentação de projetos podem ser acessados na página: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/mural/financiamento-de-obras-e-expansao-do-cofinanciamento-federal-para-a-rede-socioassistencial-2013.;
(Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

NOTA DO PT

NOTA DO PT

Carta Aberta ao Povo Brasileiro

sexta-feira, 15 de novembro de 2013


O julgamento da AP 470 caminha para o fim como começou: inovando – e violando – garantias individuais asseguradas pela Constituição e pela Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

A Suprema Corte do meu país mandou fatiar o cumprimento das penas. O julgamento começou sob o signo da exceção e assim permanece. No início, não desmembraram o processo para a primeira instância, violando o direito ao duplo grau de jurisdição, garantia expressa no artigo 8 do Pacto de San Jose. Ficamos nós, os réus, com um suposto foro privilegiado, direito que eu não tinha, o que fez do caso um julgamento de exceção e político.

Como sempre, vou cumprir o que manda a Constituição e a lei, mas não sem protestar e denunciar o caráter injusto da condenação que recebi. A pior das injustiças é aquela cometida pela própria Justiça.

É público e consta dos autos que fui condenado sem provas. Sou inocente e fui apenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha – contra a qual ainda cabe recurso – com base na teoria do domínio do fato, aplicada erroneamente pelo STF.

Fui condenado sem ato de oficio ou provas, num julgamento transmitido dia e noite pela TV, sob pressão da grande imprensa, que durante esses oito anos me submeteu a um pré-julgamento e linchamento.

Ignoraram-se provas categóricas de que não houve qualquer desvio de dinheiro público. Provas que ratificavam que os pagamentos realizados pela Visanet, via Banco do Brasil, tiveram a devida contrapartida em serviços prestados por agência de publicidade contratada.

Chancelou-se a acusação de que votos foram comprados em votações parlamentares sem quaisquer evidências concretas, estabelecendo essa interpretação para atos que guardam relação apenas com o pagamento de despesas ou acordos eleitorais.

Durante o julgamento inédito que paralisou a Suprema Corte por mais de um ano, a cobertura da imprensa foi estimulada e estimulou votos e condenações, acobertou violações dos direitos e garantais individuais, do direito de defesa e das prerrogativas dos advogados – violadas mais uma vez na sessão de quarta-feira, quando lhes foi negado o contraditório ao pedido da Procuradoria-Geral da República.

Não me condenaram pelos meus atos nos quase 50 anos de vida política dedicada integralmente ao Brasil, à democracia e ao povo brasileiro. Nunca  fui sequer investigado em minha vida pública, como deputado, como militante social e dirigente político, como profissional e cidadão, como ministro de Estado do governo Lula. Minha condenação foi e é uma tentativa de julgar nossa luta e nossa história, da esquerda e do PT, nossos governos e nosso projeto político.

Esta é a segunda vez em minha vida que pagarei com a prisão por cumprir meu papel no combate por uma sociedade mais justa e fraterna. Fui preso político durante a ditadura militar. Serei preso político de uma democracia sob pressão das elites.

Mesmo nas piores circunstâncias, minha geração sempre demonstrou que não se verga e não se quebra. Peço aos amigos e companheiros que mantenham a serenidade e a firmeza. O povo brasileiro segue apoiando as mudanças iniciadas pelo presidente Lula e incrementadas pela presidente Dilma.

Ainda que preso, permanecerei lutando para provar minha inocência e anular esta sentença espúria, através da revisão criminal e do apelo às cortes internacionais. Não importa que me tenham roubado a liberdade: continuarei a defender por todos os meios ao meu alcance as grandes causas da nossa gente, ao lado do povo brasileiro, combatendo por sua emancipação e soberania.

José Dirceu

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Processo de Eleições Diretas do PT

Processo de Eleições Diretas do PT

Apenas 30% dos municípios devem concluir os planos de saneamento básico em 2013


Apenas 30% das 5.570 prefeituras brasileiras devem concluir em 2013 o Plano Municipal de Saneamento Básico, previsto pela Lei 11.445/2007, que tornou obrigatória a elaboração dos planos, segundo estimativa do Ministério das Cidades e da Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar). Pelo cenário atual, 70% dos municípios ficarão impedidos de receber recursos federais para aplicar no setor, já que o Decreto 7.217/2010 determinou que, a partir de janeiro de 2014, o acesso a verbas da União ou a financiamentos de instituições financeiras da administração pública federal destinados ao saneamento básico estará condicionado à existência do plano.

Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 609 municípios já haviam elaborado seus planos de saneamento. “Trabalhamos com a perspectiva de até o final do ano ter 30% dos municípios com seus planos concluídos. Esperávamos que o número fosse bem maior. Os prefeitos têm que correr para elaborar os planos porque o cenário com o qual o ministério trabalha é que esses prazos sejam mantidos”, disse o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Osvaldo Garcia.

Para ele, é inconcebível um município “não ter um planejamento sobre uma área tão importante como o saneamento básico”. “O prefeito tem que destinar a verba da prefeitura para o que ele acha prioritário. Ele precisa saber se acha o plano de saneamento prioritário ou não. Mas ele vai ter que responder não recebendo verbas [para o setor] a partir do ano que vem”.

O plano contempla o planejamento de longo prazo para investimentos em obras de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Também prevê um diagnóstico da situação, metas de curto, médio e longo prazos para a universalização do saneamento, programas e ações necessários para atingir os objetivos identificando as fontes de financiamento e mecanismos para a avaliação da eficiência e eficácia das ações programadas.

A pesquisa Regulação 2013, da Abar, feita com 2.716 municípios que têm agências reguladoras no setor de saneamento básico, mostrou que 34% concluíram o plano em 2012, principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. “Mas não teremos mais do que 30% dos municípios brasileiros com seus planos de saneamento básico concluídos em 2013”, disse Alceu Galvão, coordenador de Saneamento Básico da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Ceará (Arce) e da pesquisa da Abar.

Os maiores entraves à elaboração do plano apontados por especialistas são a falta de recursos das prefeituras e de mão de obra capacitada para desenvolver o documento. “Os municípios não têm equipe técnica qualificada para desenvolver por conta própria os planos. Outro aspecto é que os planos acabam saindo na ordem de centenas de milhares de reais, e os municípios não têm recursos para pagar”, disse Galvão.

Segundo o coordenador de Saneamento Básico da Arce, a expectativa é que não haja extensão do prazo. “Estender o prazo continua não resolvendo o problema. Se não criar mecanismos de simplificação desses planos, se não tiver capacidade instalada nos municípios para administrá-los, só vai postergar o problema. Talvez fosse melhor dar um choque no setor restringido recursos para que os municípios, de fato, buscassem atender, no mínimo, o prazo para a elaboração de seus planos”, acrescentou.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, disse que as prefeituras estão em crise e não têm verba orçamentária para elaborar os planos. “A lei é feita em Brasília e impõe aos municípios a elaboração de um plano sem indicar a fonte dos recursos. Não adianta prorrogar o prazo porque o problema vai continuar”, disse. Segundo ele, as opções para o recebimento de recursos seriam abrir o setor para a iniciativa privada e para o financiamento internacional.

O secretário nacional de Saneamento Ambiental informou que, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), foram investidos R$ 68,1 milhões para apoiar a elaboração dos planos de saneamento em 152 cidades com mais de 50 mil habitantes. “A Funasa [Fundação Nacional de Saúde] também apoia com R$ 126 milhões a elaboração de 650 planos em municípios com menos de 50 mil habitantes. São planos ainda em elaboração e esperamos que estejam concluídos até o fim do ano”, disse.

Com o anúncio da presidenta Dilma Rousseff no dia 24 de outubro destinando R$ 10,5 bilhões para saneamento, a verba para o setor, contando PAC 1 e PAC 2, é R$ 96 bilhões. Desses, R$ 25 bilhões foram desembolsados, de acordo com o secretário.

Para o diretor de Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda, há soluções para reduzir os custos dos planos, como a participação das universidades e a montagem de equipe técnica nas associações dos municípios com apoio dos governos estaduais. “Montar um consórcio com vários municípios para produzir os planos em grande escala diminui os custos. Existem alternativas que não requerem contratar uma empresa de consultoria”, disse.

De acordo com o último boletim do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2011), 82% da população brasileira recebem água por meio de rede de abastecimento. Considerando apenas a população urbana, esse índice sobe para 93%. O atendimento com rede coletora do esgoto chega a somente 48% da população.

O índice de tratamento do esgoto no país é ainda pior: apenas 38% são tratados. “Essa falta de tratamento do esgoto volta por meio dos rios, da poluição, de doenças endêmicas. A falta de saneamento gera um custo muito alto para a saúde pública, com mortalidade e doença infantis. A sociedade precisa dar relevância a isso, participar da implantação desse plano e estabelecer o saneamento como uma prioridade real”, ressaltou o presidente executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Roberto Muniz.
Fonte: Agência Brasil
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Leia a íntegra do texto assinado pelo ex-presidente e publicado no jornal The New York Times

04/11/13 - 15h4
Artigo do Lula: Direito à vida
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/IL)

Em todo o mundo, seja nos países ricos, em desenvolvimento ou pobres, o acesso a tratamentos médicos mais avançados está cada vez mais desafiador
Muitos dos doentes não conseguem se beneficiar dos medicamentos que poderiam curá-los ou pelo menos prolongar as suas vidas.
A questão não é mais se existe cura para uma doença — porque, em muitos casos, ela existe — mas de saber se é possível para o paciente pagar a conta do tratamento. Milhões de pessoas encontram-se hoje nessa situação dramática, desesperadora: sabem que há um remédio capaz de salvá-las e aliviar o seu sofrimento, mas não conseguem utilizá-lo, devido ao seu custo proibitivo.
Há uma frustrante e desumana contradição entre admiráveis descobertas científicas e o seu uso restritivo e excludente.
De um lado, temos as empresas farmacêuticas, que desenvolvem novas drogas, com investimentos elevados e testes sofisticados e onerosos. De outro, temos aqueles que financiam os tratamentos médicos: os governos, nos sistemas públicos, e as empresas de planos de saúde, na área privada. No centro de tudo, o paciente, lutando pela vida com todas as suas forças, mas que não tem condição de pagar para sobreviver.
Nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama trava há anos uma batalha com a oposição conservadora para estender a cobertura de saúde a milhões de pessoas. Na Europa, mesmo em países ricos o sistema público muitas vezes não consegue garantir o pleno acesso aos novos medicamentos. No Brasil, cada vez o governo precisa de mais recursos para os medicamentos que compra e fornece gratuitamente, inclusive alguns de nova geração. E na África, o HIV atinge contingentes enormes da população, ao mesmo tempo que doenças tropicais como a malária, perfeitamente evitáveis, continuam causando muitas mortes e deixaram de ser priorizadas pelas pesquisas dos grandes laboratórios.
Um vídeo que circula na Internet, feito por uma companhia de celular, tem emocionado o mundo ao mostrar os dramas entrelaçados de um garoto pobre da Tailândia que tem que roubar para obter remédios para sua mãe, e o de uma jovem tendo que lidar com as contas astronômicas de hospital para salvar o seu pai.
Conheço o drama de ter entes queridos sem um tratamento de saúde digno. Em 1970, perdi minha primeira esposa e meu primeiro filho numa cirurgia de parto, devido ao mau atendimento hospitalar. Os anos que se seguiram, de luto e dor, foram dos mais difíceis da minha vida.
Por outro lado, em 2011, já como ex-presidente, enfrentei e superei um câncer graças aos modernos recursos de um hospital de excelência, cobertos pelo meu plano privado de saúde. O tratamento foi longo e doloroso, mas a competência e atenção dos médicos, e o uso dos medicamentos de ponta, me permitiram vencer o tumor.
É fácil ver as empresas farmacêuticas como as vilãs desse processo, mas isso não resolve a questão. Quase sempre são empresas de capital aberto, que se financiam principalmente através de ações nas bolsas de valores, competindo entre si e com outras corporações, de diversos setores econômicos, para financiar os custos crescentes das pesquisas e testes com novas drogas. O principal atrativo que oferecem aos investidores é a lucratividade, mesmo que essa se choque com as necessidades dos doentes.
Para dar o retorno pretendido, antes que a patente expire, a nova droga é vendida a preços absolutamente fora do alcance da maioria das pessoas. Há tratamentos contra o câncer, por exemplo, que chegam a custar 40 mil dólares cada aplicação. E, ao contrário do que se poderia imaginar, a concorrência não está favorecendo a redução gradativa dos preços, que são cada vez mais altos a cada nova droga que é produzida. Sem falar que esse modelo, guiado pelo lucro leva as empresas farmacêuticas a privilegiarem as pesquisas sobre doenças que dão mais retorno financeiro.
O alto custo desses tratamentos tem feito com que planos privados muitas vezes busquem justificativas para não dar acesso a eles, e que gestores de sistemas públicos de saúde se vejam, em função dos recursos finitos de que dispõem, frente a um dilema: melhorar o sistema de saúde como um todo, baseado em padrões médios de qualidade, ou priorizar o acesso aos tratamentos de ponta, que muitas vezes são justamente os que podem salvar vidas?
O preço absurdo dos novos medicamentos tem impedido a chamada economia de escala: em vez de poucos pagarem muito, os remédios se pagariam — e seriam muito mais úteis — se fossem acessíveis a mais pessoas.
A solução, obviamente, não é fácil, mas não podemos nos conformar com o atual estado de coisas. Até porque ele tende a se agravar na medida em que mais e mais pessoas reivindicam, com toda a razão, a democratização do acesso aos novos medicamentos. Quem, em sã consciência, deixará de lutar pelo melhor tratamento para a doença do seu pai, sua mãe, seu cônjuge ou seu filho, especialmente se ela traz grande sofrimento e risco de vida?
Trata-se de um problema tão grave e de tamanho impacto na vida — ou na morte — de milhões de pessoas, que deveria merecer uma atenção especial dos governos e dos órgãos internacionais, e não só de suas agências de saúde. Não pode na minha opinião continuar sendo tratado apenas como uma questão técnica ou de mercado. Devemos transformá-lo em uma verdadeira questão política, mobilizando as melhores energias dos setores envolvidos, e de outros atores sociais e econômicos, para equacioná-lo de um modo novo, que seja ao mesmo tempo viável para quem produz os medicamentos e acessível para todos os que precisam utilizá-los.
Não exerço hoje nenhuma função pública, falo apenas como um cidadão preocupado com o sofrimento desnecessário de tantas pessoas, mas acho que um desafio político e moral dessa importância deveria ser objeto de uma conferência internacional convocada pela Organização Mundial de Saúde, com urgência, na qual os vários segmentos interessados discutam francamente como compartilhar os custos da pesquisa cientifica e industrial com o objetivo de reduzir o preço do produto final, colocando-o ao alcance de todos que necessitam dele.
Não há dúvida de que todos os setores vinculados à medicina avançada devem ter os seus interesses levados em conta. Mas a decisão entre a vida e a morte não pode depender de preço.
* Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil
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sábado, 2 de novembro de 2013

PT - DE ITACARÉ CONVOCA OS FILIADOS PARA O PED-2013 ELEIÇÃO DO NOVO DIRETÓRIO




RELAÇÃO DOS FILIADOS APTOS A PARTICIPAREM DO PED-2013

BA;ITACARÉ;6049503;ADEMILSON DA SILVA CRUZ
BA;ITACARÉ;2503655;ADIMILSON HONORIO DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1023762;ADRI SOARES DE OLIVEIRA
BA;ITACARÉ;2503074;AGENOR DOS REIS SOARES
BA;ITACARÉ;2503058;AILTON CONCEICAO SILVA
BA;ITACARÉ;886461;ALINE AQUINO SANTOS
BA;ITACARÉ;6049500;ALINE FERREIRA SANTOS
BA;ITACARÉ;6049501;AMARILDO DA SILVA GOMES
BA;ITACARÉ;6274998;ANA LUCIANA SANTANA MARTINS
BA;ITACARÉ;2503059;ANTONIO CARLOS RAMOS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6119017;ANTONIO DANIEL RAMOS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;2503097;ANTONIO DE JESUS
BA;ITACARÉ;1878490;ANTONIO HUMBERTO AROUCA PAIXAO
BA;ITACARÉ;6171203;ARIONILDA SOARES Sµ
BA;ITACARÉ;6119014;ARIONILDO GOMES DE SA JUNIOR
BA;ITACARÉ;4081386;ARNALDO PINHEIRO SAO JOAO
BA;ITACARÉ;1023789;BALBINO BOMFIM DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;4081382;BOMFIM GENILSON SOUZA DA SILVA
BA;ITACARÉ;6119016;CARLOS AUGUSTO SOUSA DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;5380580;CASSIA MARIA FIGUEIREDO DE OLIVEIRA
BA;ITACARÉ;2503077;CHEILA MENDES DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1023797;CLAUDIO CONCEICAO DE OLIVEIRA
BA;ITACARÉ;6119001;COSME NUNES PEREIRA
BA;ITACARÉ;5306787;CREUZA CRISTINA MATOS
BA;ITACARÉ;6275000;CRISTIANE DOS SANTOS LUZ
BA;ITACARÉ;2503658;CYNTHIA MARA NUNES GARCIA
BA;ITACARÉ;5306788;DAMIAO LOURENCO SANTOS
BA;ITACARÉ;6119009;DANIELE DOS SANTOS DE JESUS
BA;ITACARÉ;6049494;DANILO SOUZA DE DEUS
BA;ITACARÉ;4081390;DEOBALDO RODRIGUES LIMA FILHO
BA;ITACARÉ;6119022;DERIVALDO CONCEI€ÇO DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6275003;DIEGO AGUSTO MORAES SILVA
BA;ITACARÉ;6049504;EDILSON JOSE DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1666200;EDINAIR DE SA LEMOS
BA;ITACARÉ;2503068;EDVALDA OLIVEIRA DA SILVA
BA;ITACARÉ;6119007;ELIZETE MOREIRA GOMES
BA;ITACARÉ;6119015;ERIVALDO ASSIS DE MAGALHAES
BA;ITACARÉ;6274999;FABIANO QUERINO CARNEIRO
BA;ITACARÉ;1023756;FERNANDO CESAR COSTA SANTOS
BA;ITACARÉ;5306789;FLORENTINO LEAO FILHO
BA;ITACARÉ;1878494;GESSIVALDO CONCEICAO DO NASCIMENTO
BA;ITACARÉ;1023755;GILSON CONCEICAO DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6275007;GLAUBER QUEIROZ SANTANA
BA;ITACARÉ;4081391;GUIOMAR FRANCISCA DA PAIXAO
BA;ITACARÉ;2503090;ITAMAR JOSE DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6049502;JANILTON DE SOUZA SANTOS
BA;ITACARÉ;2503064;JERONIMO JOSE SILVA SANTOS
BA;ITACARÉ;2503075;JOANGELEN SOUZA DA SILVA
BA;ITACARÉ;2503095;JOAO DIAS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1023798;JOCINEIA DOS SANTOS SILVA
BA;ITACARÉ;5306790;JOEDSON MARQUES DE JESUS
BA;ITACARÉ;6118998;JOILMA SOUSA DA SILVA
BA;ITACARÉ;1023785;JOILSON ROSA DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1666194;JOMARIA SOLEDADE DA SILVA
BA;ITACARÉ;2503084;JORGE JOSE SOUZA DA SILVA
BA;ITACARÉ;20992;JOSE CARLOS RIBEIRO
BA;ITACARÉ;6119018;JOSE FAUSTINO DOS SANTOS NETO
BA;ITACARÉ;6119012;JOSE RAIMUNDO LOPES REIS
BA;ITACARÉ;1023777;JOSE RAMOS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6049496;JOSE ROMUALDO DE SOUZA
BA;ITACARÉ;6119005;JOSELITA DOS SANTOS SANTANA
BA;ITACARÉ;1023764;JOSELITO BATISTA DA PAIXAO
BA;ITACARÉ;4081385;JUDITE PRADO
BA;ITACARÉ;2503076;JUELANE SOARES OLIVEIRA
BA;ITACARÉ;6275008;JULIANO VIEIRA GUIMARÇES
BA;ITACARÉ;5306791;KELMANE DIAS FONTES
BA;ITACARÉ;1023766;LANDUALDO FAUSTINO DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6119019;LANDUALDO FAUSTINO DOS SANTOS JUNIOR
BA;ITACARÉ;6049497;LAURIDILMA SANTOS QUEIROS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;1023784;LAVINA NETA DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6119021;LUCIANO MARCELO MATO GROSSO BARROS
BA;ITACARÉ;6119025;LUIZ CARLOS DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;5306792;LUIZ EDUARDO DA SILVA
BA;ITACARÉ;6275004;MAILSON SANTOS DA SILVA
BA;ITACARÉ;6119004;MANOEL MARCONE DA SILVA VIEIRA
BA;ITACARÉ;5306793;MARIA ALTAMIRA MOREIRA
BA;ITACARÉ;6275002;MARIA ASSUN€ÇO SALGADO
BA;ITACARÉ;6274997;MARIA EMILIA SANTANA MARTINS
BA;ITACARÉ;6275001;MARIA RITA SOUZA DA SILVA
BA;ITACARÉ;6275006;MARIVALDO ALVES QUARESMA
BA;ITACARÉ;5414119;MAURICIO CLEMENTINO DOS SANTOS
BA;ITACARÉ;6119010;NATIVO VIEIRA DOS SANTOS FILHO
BA;ITACARÉ;6119006;NILSON ARNALDO SOUSA DE JESUS
BA;ITACARÉ;5306800;PABLO JUNOT SILVA ALMEIDA
BA;ITACARÉ;5306794;PORFIRIO ROCHA DO NASCIMENTO MYREIA
BA;ITACARÉ;6049499;RAFAEL DOS SANTOS BARROS
BA;ITACARÉ;6119013;RAIMUNDO SARMENTO SOUSA
BA;ITACARÉ;1023757;ROMANA ANTONIA NASCIMENTO
BA;ITACARÉ;6119023;ROMULO JORGE CHAGAS SANTOS
BA;ITACARÉ;2503063;ROSAN SILVA ARAUJO
BA;ITACARÉ;1023754;ROSIVALDO GOMES DE SA
BA;ITACARÉ;6119003;SAMUEL REIS DOS REIS
BA;ITACARÉ;5306795;SILVANA MARIA CASCELLI DA SILVA
BA;ITACARÉ;5306785;SULIVAM SILVA
BA;ITACARÉ;1023758;TAIS LORENA PEREIRA NASCIMENTO
BA;ITACARÉ;1023783;TERESINHA NASCIMENTO REIS 
BA;ITACARÉ;6162953;TEREZINHA SETUBAL ALVES DIAS
BA;ITACARÉ;2503657;VITORIA FREIRE CAMPELO
BA;ITACARÉ;1023782;ZULMIRA BATISTA DOS SANTOS