quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ENTREVISTA COM DEPUTADO ROSEMBERG PINTO EM ITACARÉ.

Amanhã no programa Encontro Marcado da Rádio 104.9 - Itacaré Fm, entrevista com o Deputador Estadual Rosemberg Pinto do PT da Bahia.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Artigo: Gestor público precisa ser sensível para dentro e para fora da máquina - Paulo Batista


Todo agente público, qualquer que seja a sua função, para honrar a tarefa a que se propôs,deve ter como norteadores de todas as suas decisões e condutas os princípios da administração pública.


Para quem não conhece ou não se recorda desses princípios constitucionais, honra-me enumerá-los: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. Fossem esses princípios estruturantes observados rigorosamente e não teríamos reclamações dos nossos munícipes, já que o interesse público estaria quase totalmente resguardado por eles.
Mas, com a experiência de militância de uma vida inteira no Partido dos Trabalhadores e nos movimentos sociais, ousaria juntar a esses princípios outros dois elementos que deveriam estarpresentes nas decisões e nos comportamentos dos homens públicos, que é a sensibilidade social e a sensibilidade administrativa.
Explico-me. Chamo de sensibilidade social a capacidade do gestor e dos agentes públicos em geral, de serem atentos e receptivos às demandas que se originam nos movimentos sociais e a partir da vida cotidiana das comunidades. Saber ouvir e saber dialogar é uma qualidade fundamental defendida desde os seus primórdios pelo Partido dos Trabalhadores.
Aliás, o PT surgiu dos movimentos sociais. Foi constituído pela iniciativa dos trabalhadores organizados, sobretudo no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, que protagonizou a mais espetacular afronta e resistência ao regime militar. Não só ele, mas, sem dúvida os metalúrgicos lideraram e não à toa, projetaram um dos maiores líderes políticos brasileiros da atualidade, que por sua capacidade de ouvir e negociar, conquistou a posição de presidente do Brasil.
O PT também surgiu do âmago das igrejas e comunidades pobres das regiões mais carentes dos grandes centros, como os bairros da Zona Sul e a Zona Leste da nossa cidade. Temos, portanto, uma tradição e um fortíssimo enraizamento nessas bases que continua ativo e tão atuante quanto sempre foi, a despeito de sermos governo no âmbito federal e municipal.
Para nós seria natural que nossos gestores tivessem também o olhar atento e o coração comprometido com as bases constitutivas do nosso próprio partido. E, mais além, nesse momento em que a sociedade nos apresenta novas formas de organização, novos jeitos de reivindicar e se manifestar, em que os jovens reassumem o protagonismo social, nossos gestores precisam desenvolver a habilidade de dialogar com todos os segmentos da sociedade.
Se tudo isso é verdade, defendemos que a mesma sensibilidade se reproduza para dentro da administração pública em todos os setores. O gestor não pode limitar-se a constatar erros e dificuldades da máquina, ele precisa sentir e perceber até que ponto essa máquina atende às demandas e expectativas do povo para a qual foi criada, lembrando que o servidor público não é um ser especial, mas parte integrante e senhor de direitos da cidadania.
Por isso, ele deve sentir firmeza no administrador, e este deve atuar para conscientizar os membros de sua equipe de que são agentes públicos que propiciam e asseguram direitos gerais que são deles também. Assim atuando, o gestor deve necessariamente combater os desvios éticos, danos patrimoniais, desrespeitos ao público e atuar para que a máquina seja um todo azeitado e sensibilizado para as questões, demandas e expectativas da sociedade.
Enorme desafio. Mas os gestores do PT, um partido que já acumula a experiência bem sucedida de governar o Brasil e vários governos estaduais e municipais, invertendo a lógica das administrações dos mais fortes, atuando sempre com transparência e compromisso social, tem ideais, motivação, quadros e precisa melhorar sua sensibilidade para ver mais, ouvir mais e dialogar mais para dentro e para fora da máquina.
*Paulo Batista dos Reis é vereador do PT na Câmara Municipal de São Paulo
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

PED 2013: PT realiza o segundo debate entre os candidatos à presidência nacional


05 SETEMBRO 2013 POSTADO POR  
PED 2013: PT realiza o segundo debate entre os candidatos à presidência nacional
Nesta quinta-feira (05), o Partido dos Trabalhadores realiza o segundo debate entre os candidatos a presidente nacional.
O debate reúne os seis candidatos à presidência do Partido em Belém (PA), às 19 horas no Hotel Sagres. Estarão presentes ao encontro, além de militantes e filiados do partido, os candidatos Serge Goulart, Valter Pomar, Markus Sokol, Rui Falcão, Renato Simões e Paulo Teixeira.

O Diretório Estadual do Pará convoca todos os filiados e filiadas, militantes e lideranças para prestigiar o debate, e conhecer as propostas dos candidatos.

O debate será transmitido pela internet através do portal do PT.


Fonte: PT Nacional             

Nota do PT sobre os atos de espionagem praticados pelos EUA


05 SETEMBRO 2013 POSTADO POR  
Nota do PT sobre os atos de espionagem praticados pelos EUA
O Partido dos Trabalhadores manifesta seu apoio à firme reação da presidenta Dilma Rousseff, frente aos atos de espionagem praticados pelo governo dos Estados Unidos.
Já sabíamos, pela experiência histórica e também com base nas informações divulgadas pelo ex-agente Edward Snowden, que os Estados Unidos mantêm um esquema de espionagem massiva, capaz de monitorar correios eletrônicos, redes sociais, mensagens de texto e ligações telefônicas de pessoas por todo o mundo.

Agora está confirmado que a presidenta da República e seus assessores diretos foram alvo desta espionagem. Além de invasão de privacidade, desrespeito aos direitos humanos e as liberdades individuais, trata-se de uma agressão direta ao Brasil.

Como é óbvio, a espionagem contra a presidenta do Brasil não visa combater o terrorismo, mas sim obter informações que sejam úteis aos Estados Unidos em batalhas políticas e comerciais.

Contra um Estado que age como hacker, é fundamental invocar a força da lei internacional e nacional. Além da ação movida pelo Brasil na ONU, apoiamos as iniciativas anunciadas para proteger o Brasil, seus cidadãos e cidadãs, da invasão cibernética.

A Independência do Brasil, cuja comemoração oficial se fará no próximo 7 de setembro, é defendida e reforçada assim, por um governo capaz de proteger nossa soberania, segurança, democracia e nossa opção pela justiça social.

Rui Falcão
Presidente Nacional

Iriny Lopes
Secretária de Relações Internacionais

Valter Pomar
Secretário Executivo do Foro de São Paulo
membro da Direção Nacional do PT


Fonte: PT Nacional

A hora da ação política – por Luiz Inácio Lula da Silva

A hora da ação política – por Luiz Inácio Lula da Silva

27 AGOSTO 2013 POSTADO POR  
A lenta retomada da economia global e os seus enormes custos sociais, especialmente nos países desenvolvidos exigem uma corajosa mudança de atitude. É preciso identificar com clareza a raiz da crise de 2008, que em muitos aspectos se prolonga até hoje, para que os líderes políticos e os órgãos multilaterais façam o que deve ser feito para superá-la.
A verdade é que, no dia 15 de setembro de 2008, quando o banco Lehman Brothers pediu concordata, o mundo não se viu apenas mergulhado na maior crise financeira desde a quebra da Bolsa de Nova York em 1929. Viu-se também diante da crise de um paradigma.
Outros grandes bancos especuladores nos Estados Unidos e na Europa só não tiveram o mesmo destino porque foram socorridos com gigantescas injeções de dinheiro público.  Ficou evidente que a crise não era localizada, mas sistêmica. O fracasso não era somente desta ou daquela instituição financeira, mas do próprio modelo econômico (e político) predominante nas décadas recentes. Um modelo baseado na ideia insensata de que o mercado não precisa estar subordinado a regras, de que qualquer fiscalização o prejudica e de que os governos não tem nenhum papel na economia, a não ser quando o mercado entra em crise.
Segundo este paradigma, os governos deveriam transferir a sua autoridade democrática, oriunda do voto – ou seja, a sua responsabilidade moral e política perante os cidadãos – a técnicos e organismos cujo principal objetivo era o de facilitar o livre trânsito dos capitais especulativos.
Cinco anos de crise, com gravíssimo impacto econômico e sofrimento popular, não bastaram para que esse modelo fosse repensado. Infelizmente, muitos países ainda não conseguiram romper com os dogmas que levaram ao descolamento entre a economia real e o dinheiro fictício, e ao círculo vicioso do baixo crescimento combinado com alto desemprego e concentração de renda nas mãos de poucos.
O mercado financeiro expandiu-se de modo vertiginoso sem a simultânea sustentação do crescimento das atividades produtivas. Entre 1980 e 2006, o PIB mundial cresceu 314%, enquanto a riqueza financeira aumentou 1.291%, segundo dados do McKinseys Global Institute e do FMI. Isso, sem incluir os derivativos. E, de acordo com o Banco Mundial, no mesmo período, para um total de US$ 200 trilhões em ativos financeiros não derivados, existiam US$ 674 trilhões em derivativos.
Todos sabemos que os períodos de maior progresso econômico, social e político dos países ricos durante o século XX não tem nada a ver com a omissão do Estado nem com a atrofia da política.
A decisão política de Franklin Roosevelt, de intervir fortemente na economia norte-americana devastada pela crise de 1929, recuperou o país justamente por meio da regulação financeira, o investimento produtivo, a criação de empregos e o consumo interno. O Plano Marshall, financiado pelo governo norte-americano na Europa, além de sua motivação geopolítica, foi o reconhecimento de que os EUA não eram uma ilha e não poderiam prosperar de modo consistente num mundo empobrecido.  Por mais de trinta anos, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, o Welfare State foi não apenas o resultado do desenvolvimento mas também o seu motor.
Nas últimas décadas, porém, o extremismo neoliberal provocou um forte retrocesso.  Basta dizer que, de 2002 a 2007, 65% do aumento de renda dos EUA foram absorvidos pelos 1% mais ricos. Em quase todos os países desenvolvidos há um crescente número de pobres. A Europa já atingiu taxas de desemprego de 12,1% e os EUA, no seu pior momento, de mais de 10%.
O brutal ajuste imposto à maioria dos países europeus – que já foi chamado de austericidio – retarda desnecessariamente a solução da crise. O continente vai precisar de um crescimento vigoroso para recuperar as dramáticas perdas dos últimos cinco anos. Alguns países da região parecem estar saindo da recessão, mas a retomada será muito mais lenta e dolorosa se forem mantidas as atuais políticas contracionistas. Além de sacrificar a população europeia, esse caminho prejudica inclusive as economias que souberam resistir criativamente ao crack de 2008, como os EUA, os BRICS e grande parte dos países em desenvolvimento.
O mundo não precisa e não deve continuar nesse rumo, que tem um grande custo humano e risco político. A redução drástica de direitos trabalhistas e sociais, o arrocho salarial e os elevados níveis de desemprego criam um ambiente perigosamente instável em sociedades democráticas.
Está na hora de resgatar o papel da política na condução da economia global. Insistir no paradigma econômico fracassado também é uma opção política, a de transferir a conta da especulação para os pobres, os trabalhadores e a classe média.
A crise atual pode ter uma saída economicamente mais rápida e socialmente mais justa. Mas isso exige dos líderes políticos a mesma audácia e visão de futuro que prevaleceu na década de 1930, no New Deal, e após a II Guerra Mundial.
É importante que os EUA de Obama e o Japão de Shinzo Abe estejam adotando medidas heterodoxas de estímulo ao crescimento. Também é importante que muitos países em desenvolvimento tenham investido, e sigam investindo, na distribuição de renda como estratégia de avanço econômico, apostando na inclusão social e na ampliação do mercado interno.  O aumento de renda das classes populares e a expansão responsável do crédito mantiveram empregos e neutralizaram parte dos efeitos da crise internacional no Brasil e na América Latina. Investimentos públicos na modernização da infraestrutura também foram fundamentais para manter as economias aquecidas.
Mas para promover o crescimento sustentado da economia mundial isso não é suficiente. É preciso ir além. Necessitamos hoje de um verdadeiro pacto global pelo desenvolvimento, e de ações coordenadas nesse sentido, que envolvam o conjunto dos países, inclusive os da Europa.
Políticas articuladas em escala mundial que incrementem o investimento público e privado, o combate à pobreza e à desigualdade e a geração de empregos podem acelerar a retomada do crescimento , fazendo a roda da economia mundial girar mais rapidamente.
Elas podem garantir não só o crescimento, mas também bons resultados fiscais, pois a aceleração do crescimento leva à redução do déficit público no médio prazo. Para isso, é imprescindível a coordenação entre as principais economias do mundo, com iniciativas mais ousadas do G-20. Todos os países serão beneficiados com essa atuação conjunta, aumentando a corrente de comércio internacional e evitando recaídas protecionistas.
A economia do mundo tem uma larga avenida de crescimento a ser explorada: de um lado pela inclusão de milhões de pessoas na economia formal e no mercado de consumo – na Ásia, na África e na América Latina – e de outro com a recuperação do poder aquisitivo e das condições de vida dos trabalhadores e da classe média nos países desenvolvidos. Isso pode constituir uma fonte de expansão para a produção e o investimentos mundiais por muitas décadas.