domingo, 29 de junho de 2014

PARTICIPE DO GRANDE BINGO DA AMIZADE


Depois de 12 anos, O Globo publica dados sobre avanços dos governos do PT


Num esforço para desqualificar Lula, jornal revela aos leitores 13 números que a imprensa tenta esconder
graficolula
O jornal carioca publicou, sábado (28), reportagem que reproduz afirmações do ex-presidente Lula, feitas em palestra para dirigentes das Câmaras de Comércio dos países europeus (Eurocâmaras), na última terça-feira. O texto tenta desqualificar parte dos dados que Lula apresentou sobre o desenvolvimento econômico e social do país nos últimos anos.

Além de não alcançar seu objetivo, o jornal acabou publicando uma série de indicadores positivos sobre os doze anos de Governo Democrático Popular – que de outra forma não chegariam ao conhecimento de seus leitores. O leitor do Globo ficou conhecendo pelo menos 13 dados que confirmam os avanços do Brasil nesse período:
1) o salário mínimo teve aumento real de 72% nesse período;
2) o investimento público em educação passou de 4,8% para 6,4% do PIB;
3) o Prouni levou mais de 1,5 milhão de jovens à universidade;
4) a quantidade de brasileiros viajando de avião passou de 37 milhões por ano, para 113 milhões por ano;
5) a produção de automóveis no país dobrou para 3,7 milhões/ano;
6) o fluxo de comércio externo passou de US$ 107 bilhões para US$ 482 bilhões por ano;
7) o PIB per capita saltou de US$ 2,8 mil para US$ 11,7 mil;
8) a população com conta bancária passou de 70 milhões para 125 milhões;
9) as reservas internacionais do país, de US$ 380 bilhões, correspondem a 18 meses de importações, o que fortalece o Brasil num mundo em crise;
10) ao longo da crise mundial o Brasil fez superávit fiscal de 2,58% ao ano, média que nenhum país do G-20 alcançou;
11) os financiamentos do BNDES para a empresas têm inadimplência zero;
12) a dívida pública bruta do país, ao longo da crise, está estabilizada em torno de 57% (embora o jornal discorde desse fato)
13) há 10 anos consecutivos a inflação está dentro das metas estabelecidas pelo governo
O titulo da matéria é “Lula usa dados errados em palestra para empresários”. No esforço para justificar o título, O Globo encontrou dois “deslizes”, numa palestra que durou 90 minutos:
1) em 84% dos acordos sindicais realizados nos últimos anos foram obtidos reajustes acima da inflação, e não em 94%, como disse Lula. Somando acordos que incorporam o resultado da inflação, o índice sobe para 93,2%. No tempo do governo anterior, os sindicatos abriam mão de vantagens, e até do reajuste da inflação, para evitar mais demissões.
2) o Brasil é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, depois da União Europeia e EUA, de acordo com a OMC, e não o segundo, como disse Lula na palestra. O Globo lista separadamente os países da União Europeia por porto, o que faz da pequena Holanda o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Ainda vamos chegar lá, porque nossa agricultura é a mais produtiva do mundo e o crédito agrícola passou de R$ 26 bilhões para R$ 156 bilhões em 12 anos.
A reportagem do Globo também cometeu seus “deslizes”, mesmo tendo sido alertada com documentos oficiais apresentados por nossa assessoria:
1) O Brasil foi, sim, o 5º maior destino de investimento externo direto (IED) no mundo em 2013, conforme disse Lula. O dado correto consta do Relatório de Investimento Mundial 2014 da UNCTAD, divulgado em junho. Este relatório corrigiu a previsão anterior do IED no Brasil em 2013, que era de US$ 63 bilhões, quando na realidade foi superior a US$ 64 bilhões. O Globo reproduziu o dado errado, que deixava o Brasil na sétima posição.
2) O ajuste fiscal determinado pelo governo nos anos de 2003 e 2004 alcançou, sim, 4,2% do PIB, conforme Lula afirmou na palestra. Na verdade, foi de 4,3% em 2003 e 4,6% em 2004, de acordo com a metodologia adotada pelo Banco Central naquele período. O Globo adotou a metodologia atual, que exclui do cálculo o resultado das estatais, e acabou contestando uma verdade histórica.
3) O Brasil é, sim, a segunda maior economia entre os países emergentes, depois da China, como disse Lula. O PIB brasileiro em dólares correntes, de acordo com a Base de Dados Mundiais do FMI (junho 2014), é de US$ 2,242 trilhões, superior ao da Rússia (US$ 2,118 trilhões) e ao da Índia (1,870 trilhão). O Globo prefere usar o critério de paridade por poder de compra (PPP), que ajusta os preços internos de cada país, eleva o PIB da Rússia e triplica o da Índia. Mas uma plateia de investidores, como a da Eurocâmaras, não está interessada em comparar o custo da Coca-Cola em cada país: quer saber qual economia é mais forte em moeda internacional, e isso o PPP não informa.
4) A dívida pública bruta do Brasil está, sim, estabilizada em torno de 57% do PIB desde 2006, como afirmou Lula. O Globo tomou como base o indicador de 2010 para afirmar, equivocadamente, que “no governo Dilma a dívida bruta subiu”. O ex-presidente estava se referindo ao período da crise financeira mundial. A dívida bruta era de 56% do PIB em 2006, subiu para 63% em 2009, primeiro ano da crise, e desde então oscila em torno dos atuais 57,2%. Isso é melhor visualizado no gráfico acima.
Todos cometem erros, como bem sabe O Globo. Apesar dos “deslizes” cometidos na reportagem de sábado, é muito importante que O Globo e outros jornais de circulação nacional passem a publicar os dados sobre os avanços sociais e econômicos do Brasil. Dessa forma, seus leitores terão acesso às informações necessárias para compreender como o e por que o Brasil mudou para melhor em 12 anos.

FPA lança portal #MinhaCopadasCopas


O objetivo é criar um espaço no qual acadêmicos, políticos, militantes e público em geral, todos torcedores, possam se expressar e deixar registrada sua história sobre o Mundial

A Fundação Perseu Abramo (FPA) entra em campo para ampliar o debate, com informações, reflexões e depoimentos sobre a Copa do Mundo que o Brasil sedia entre 12 de junho e 13 de julho. Para tanto, está lançando nesta quinta-feira, 26, um novo espaço na rede, o portal#MinhaCopaDasCopas, que reunirá artigos, vídeos, entrevistas, estudos e informações sobre este importante evento internacional.
Nesta Copa, milhões de brasileiros e brasileiras,  além de milhares de turistas estrangeiros dos mais diferentes países, e das 36 seleções que participam do torneio, lotam as novas e modernas arenas espalhadas pelas 12 cidades-sede do campeonato no Brasil. Além destes, milhões de pessoas pelo mundo acompanham o que acontece dentro e fora das quatro linhas, de Norte a Sul do País, pela tevê, rádio e pela internet.
O objetivo do #MinhaCopaDasCopas é criar um espaço no qual acadêmicos, políticos, militantes e público em geral, todos torcedores, possam se expressar e deixar registrada sua história e impressões sobre o mundial de 2014. Depoimentos gravados em vídeos poderão ser enviados para o email teve@fpabramo.org.br . Acompanhe os vídeos e informações sobre a maior das Copas do Mundo e envie sua contribuição e depoimento. Use o #MinhaCopaDasCopas em suas redes sociais e ajude a espalhar este debate.

Da Redação da Agência PT de Notícias

sábado, 28 de junho de 2014

Em 4 anos, Dilma gera mais empregos do que FHC em dois mandatos


Dados do Caged revelam que em menos de quatro anos de mandato o governo Dilma gerou 5.052.710 empregos formais



Ao se aproximar do final do seu primeiro mandato, a presidenta Dilma Rousseff mostra que um dos sucessos do seu governo é a geração de empregos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho divulgados na terça-feira (24) revelam que em quase quatro de mandato o governo Dilma gerou 5.052.710 empregos formais. A comparação com os oito anos do governo neoliberal de FHC (1999-2002), que criou 5.016.672 empregos, é inevitável porque confirma a supremacia do governo da presidenta Dilma e aliados nesse quesito.
Para o líder do PT na Câmara, deputado Vicenteinho (PT-SP), os governos Lula-Dilma inverteram a lógica do neoliberalismo e esse diferencial é verificado na geração de empregos. “Enquanto nos oito anos do governo PSDB/DEM os brasileiros foram submetidos a uma sistemática política de arrocho salarial e desemprego, a partir de Lula e com a continuidade do governo Dilma a realidade mudou”, considerou Vicentinho.
O líder petista lembrou que a somatória dos oito anos do governo Lula com os quatro da presidenta Dilma, resultaram em 20 milhões de empregos formais gerados no País. Nessa mesma linha, ele apontou que enquanto o governo Lula, em oito anos criou 14.725.039 empregos, com uma média de 1,8 milhão de postos de trabalho por ano, FHC no seu governo gerou uma  média de 627 mil/ano.
Ainda, segundo os dados do Caged (que registra a média de empregos gerados mensalmente no Brasil), no período de janeiro de 2011 a maio de 2014 houve um crescimento de 11, 47%. O que representa uma média mensal de geração de 123.237 postos de trabalho com carteira assinada.
Segundo o Ministério do Trabalho, a geração de mais de cinco milhões de empregos no Governo Dilma apontados pelo Caged resulta da expansão de vários setores de atividades econômicas do País. Entre eles, destacam-se os setores de Serviços (+2.554.078 postos), Comércio (+1.140.983 postos), Construção Civil (+580.023 postos) e da Indústria de Transformação com saldo positivo de 510.544 postos criados.
“Nós atingimos cinco milhões de empregos no atual governo e vamos continuar gerando novos postos de trabalho. Mantivemos uma ótima média mensal de 123 mil empregos. Mesmo com a falta de empregos no mundo, o Brasil continua sua trajetória positiva de geração de postos de trabalho”, ressaltou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Para o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-presidente do PT,  os mais de cinco milhões de empregos gerados no governo do PT e aliados,  desconstroem o pessimismo da oposição. Para ele, enquanto os oposicionistas veem na criação de emprego e renda um “problema”, o PT inverte essa lógica criando mais empregos e colocando o País como referência no cenário mundial.
“Esses números são resultado da boa política implementada pelo governo da presidenta Dilma. É a política da geração emprego com carteira assinada, dos programas sociais e de investimentos estruturantes. Essa é a marca que circula pelo mundo e faz do Brasil o porto seguro no desenvolvimento e na atração de investidores nacionais e internacionais”, avaliou Guimarães.
Maio – No mês de maio foram gerados 58.836 empregos formais, um crescimento de 0,14% em relação ao estoque do mês anterior. O aumento mantém a trajetória de expansão, com um total de 1.849.591 admissões no mês e os desligamentos atingindo 1.790.755, o que resultou no resultado positivo no mês, sendo o segundo e o maior montante registrado para o período, respectivamente, o que denota a capacidade da economia de manter o número de contratações em patamar expressivo a despeito do número de desligamentos.
Do PT na Câmara

sexta-feira, 27 de junho de 2014

PAC 2: balanço mostra que 95,5% das obras previstas estão concluídas


Segundo o governo, mais de R$ 871 bi foram investidos no período, o que equivale a cerca de 85% do previsto
transnordestina
Instalação dos dormentes da Ferrovia Transnordestina, em Pernambuco
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), concluiu, até abril, 95,5% das obras previstas até o final de 2014 e investiu R$ 871,4 bilhões. Isso representa investimentos de 84,6% do orçamento previsto.
Segundo o 10º Balanço da iniciativa, divulgado na manhã desta sexta-feira (27), neste ano, os pagamentos com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somaram R$ 27,8 bilhões até 23 de junho. – 22% acima do mesmo período de 2013.
Os recursos empenhados cresceram 32%, de R$ 21,3 bilhões em 2013, para 28,1 bilhões em 2014. As estatais e o setor privado investiram R$ 33,7 bilhões nas áreas de geração, transmissão, petróleo e gás e combustíveis renováveis.
Só em Transportes, o PAC 2 concluiu R$ 58,9 bilhões em empreendimentos em todo o País. Foram 3.003 quilômetros (km) de rodovias, sendo 1.413 km em concessões, com destaque para a duplicação da BR-101 em Santa Catarina e Sergipe; e de 22 km da BR-408 em Pernambuco. Foram construídos também 78 km da BR-110 no Rio Grande do Norte.
Em mobilidade urbana, são 28 empreendimentos, com destaque para o Centro de Controle e Operação, em Belo Horizonte (MG), a ampliação da DF-047, em Brasília (DF), requalificação da Rodoferroviária, em Curitiba (PR), e a via de acesso ao aeroporto São Gonçalo do Amarante, em Natal (RN).
Já operam, mesmo que parcialmente, as seguintes linhas rápidas de ônibus articulados (BRTs): Leste-Oeste e Norte-Sul, além da Via Mangue, em Recife (CE); Eixo Sul, em Brasília (DF); Transcarioca, no Rio de Janeiro (RJ); Cristiano Machado e Antônio Carlos, em Belo Horizonte (MG); e o Marechal Floriano e a via Aeroporto-Rodoferroviária, em Curitiba (PR).
Energia - O PAC 2 concluiu R$ 233,1 bilhões de obras de geração de eletricidade, com um aumento de 12.860 MW na capacidade. Para levar toda essa energia aos mercados consumidores, foram concluídas 35 linhas de transmissão, com 10.194 km e 36 subestações, com destaque para o trecho Jurupari-Oriximiná e Jurupari-Macapá da Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus (713 km), entre o Pará e o Amapá e o trecho da Linha de Transmissão Salto Santiago-Itá (190 km) entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
Saneamento – Foram terminados também 1.223 empreendimentos de Saneamento, como as obras de Ponta da Cadeia, em Porto Alegre (RS), para despoluir os rios dos Sinos, Guaíba e Gravataí. Também foram concluídos 70 empreendimentos de drenagem, 19 de contenção de encostas e 32 de pavimentação.

Por Márcio Venciguerra, da Agência PT de Notícias

NA BAHIA, DILMA ALERTA CONTRA "ÓDIO E MENTIRA"

"IMPRENSA NÃO NASCEU PARA SER PARTIDO DE OPOSIÇÃO"

quarta-feira, 25 de junho de 2014

PSD e PP fecham com Dilma rumo à reeleição


Convenção nacional confirma adesão do partido de Kassab ao programa de governo do PT em nível nacional
O Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Progressista (PP) confirmaram o apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (25), durante convenções nacionais em Brasília.
Pela manha, o PSD aprovou a aliança com o PT com 94,73% do votos favoráveis. Na reunião do partido, Dilma esclareceu as informações divulgadas pela imprensa sobre o anúncio da contratação da Petrobras para explorar novos campos do pré-sal, anunciada na véspera. A presidenta explicou que se trata de uma contrato de partilha, previsto em lei, onde a União fica com a maior parte dos lucros da produção.
Dilma aproveitou também para chamar a atenção dos militantes  para o risco de enfrentarem uma campanha difamatória e desleal que, segundo ela, exigirá bastante serenidade, para não aceitar provocações que buscam rebaixar o nível do debate. “Quem precisa fazer campanha negativa é que não tem projetos, quem não tem propostas, quem não tem o que mostrar”, declarou Dilma.
Na mesma ocasião, o presidente nacional do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, elogiou a atenção dada pelo governo Dilma ao trabalhador brasileiro e criticou a campanha travada pela oposição, que chamou de “verdadeira guerra civil verbal”. Segundo ele, os discursos pessimistas atentam contra a ascensão e a integração das minorias. “Vivemos uma fase de intolerância e radicalismo”, declarou.
Dilma ressaltou ainda a importância estratégica da aliança com o PSD e agradeceu a seriedade e lealdade para com sua campanha. “É muito importante honrar a palavra e cumprir compromissos assumidos na política. É algo inegociável”, declarou. E completou dizendo que a lealdade não é subordinação cega, é confiança mútua. “É zelo rigoroso pela palavra dada”, concluiu.
À tarde, o PP repetiu o gesto do PSD e também confirmou o apoio à reeleição de Dilma. Até agora, cinco partidos confirmaram a aliança com o PT. Além do PSD e PP, também integram a coligação PMDB, PROS e PSD .

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

Conheça o Plano de Transformação Nacional anunciado por Dilma


Conheça e entenda os detalhes da proposta que prevê uma reestruturação política, urbana, federativa e dos serviços públicos no País
dilma e lula
Durante o lançamento oficial de sua candidatura à reeleição, ocorrida no sábado (21), em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff anunciou sua proposta de governo para os próximos quatro anos, que inclui o Plano de Transformação Nacional, o PTN. Trata-se de uma iniciativa que levará o Brasil a um novo ciclo histórico e não apenas de desenvolvimento.

O Plano está embasado em quatro grandes reformas: política, federativa, urbana e dos serviços públicos. Essas transformações não são promessas de eleição, elas já começaram a ser implantadas pelos governos do PT.
Iniciativas como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) já são mostras das metas que o governo Dilma buscará alcançar nos próximos quatro anos. Saiba mais sobre cada uma das propostas:
Reforma Política - A Reforma Política é uma das mais importantes propostas do PT para o País. Ela busca realizar sensíveis mudanças no processo político e eleitoral brasileiro, fortalecendo a democracia e a representação popular. “Esta reforma é fundamental para melhorar a qualidade da política e da gestão pública”, afirmou Dilma na convenção do PT.
Para permitir tais mudanças, a Reforma Política atuará em quatro pontos chave: a realização de uma Assembleia Nacional Constituinte exclusiva; o financiamento exclusivamente público das campanhas eleitorais; o voto em listas partidárias e não em políticos individuais; além de uma maior participação feminina na política nacional.
A realização da Assembleia Nacional Constituinte exclusiva para a reforma é necessária, já que o Congresso Nacional tem dificuldades em realiza-la. “Há 15 anos se discute a reforma política sem que se chegue a um acordo que permita a votação”, afirma o relator do projeto de reforma na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS).
Uma assembleia com tais poderes só pode ser convocada pelo povo, através de plebiscito, que o PT propõe que seja realizado ainda este ano, entre 1º e 7 de setembro.
“Não vejo outro caminho para concretizar a reforma política do que a participação popular, mobilizando todos os setores da sociedade por meio de um Plebiscito”, destacou Dilma.
Para que a consulta popular seja realizada, é necessário colher 1,5 milhão de assinaturas de brasileiros e enviá-las ao Congresso. Para receber essas assinaturas, além do site da Reforma Política, o PT conta com mais de 400 diretórios em todo o País.
Em linhas gerais, com a aprovação da reforma, empresas não poderão mais apoiar financeiramente candidatos ao governo, o voto será feito diretamente para a legenda, impedindo a contaminação do interesse público com reivindicações pessoais e, por lei, ao menos 10% das cadeiras do Legislativo serão ocupadas por mulheres.
Reforma Federativa - A Reforma Federativa está diretamente ligada à realização da Reforma Política. A proposta é fazer uma revisão dos papéis de cada um dos entes federados na composição política nacional. Assim, seriam revistas as participações da União, estados e municípios tanto na divisão do bolo tributário, como as atribuições de serviços públicos. A proposta petista é de integrar e reestruturar cada uma dessas esferas políticas.
“É preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados, porque a complexidade crescente dos nossos problemas exige esta mudança”, disse a presidenta durante o anúncio do Plano de Transformação Nacional.
A Reforma Federativa revisará o que é estabelecido na constituição de 1988 como obrigação exclusiva de cada uma das esferas da administração pública.
Para fazer essa alteração, a reforma federativa deve primar por um maior respeito à regionalização política, já que a Constituição agrupa todos estados e municípios, com diferentes realidades, em uma só plataforma legal. “Temos que fortalecer o municipalismo brasileiro”, afirma o deputado federal José Guimarães (PT-CE).
“A regionalização permitirá investimentos mais responsáveis”, complementa o senador Walter Pinheiro (PT-BA).
Reforma Urbana - A terceira grande transformação que o PT pretende empreender é a Reforma Urbana. Esse eixo irá concentrar ações de urbanização no País, como asfaltamento de estradas e construção de redes de água e esgoto. Não serão feitas apenas obras de ordenamento. A Reforma Urbana engloba também medidas em áreas como transporte público e inclusão digital que melhorarão a vida da população urbana do País, ou seja, cerca de 81% dos brasileiros.
“A Reforma Urbana que imaginamos engloba não apenas a rediscussão do uso do espaço urbano e a melhoria da oferta da casa própria e do saneamento básico, mas também transformações decisivas na mobilidade, no transporte público e na segurança”, afirmou a presidenta.
Deste modo, o projeto da reforma não prevê apenas a pavimentação de vias, mas a criação de faixas exclusivas de ônibus e ordenamento do tráfego.
As ações da Reforma Urbana já vêm sendo aplicadas desde de a chegada do presidente Lula ao poder, em 2003, como a criação do Ministério das Cidades. O fortalecimento do PAC e a criação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) pela presidenta Dilma aceleraram as ações de democratização do espaço urbano no Brasil. “Muito foi feito, mas as pessoas têm pressa”, disse a presidenta durante a Conferência das Cidades, em novembro do ano passado.
Entre as ações previstas para a próxima gestão, o PT planeja aumentar o número de atendidos pelo MCMV, que já beneficiou 1,4 milhões de pessoas; expandir o a rede de saneamento básico, aplicando R$ 508 milhões no setor até 2020; aplicar recursos federais na construção de estações de metrô e faixas exclusivas de ônibus, que são originalmente atribuições dos estados e municípios; assim como equipar as polícias e contratar mais agentes de segurança em todo o país, entre outras.
Reforma dos Serviços Público - A última proposta é a reforma dos serviços públicos, em especial os da saúde. Programas dos governos petistas como o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), as Unidades de Pronto Atendimento (Upas), a Rede Cegonha e o Mais Médicos já começaram a empreender o salto de qualidade esperado para a saúde pública do Brasil.
“Temos nos esforçado muito, mas os serviços de saúde precisam sofrer, ainda, uma transformação mais profunda para ficar à altura das necessidades dos brasileiros”, afirmou a presidenta.
Outro eixo em que o governo promete uma revolução é na educação. A presidenta afirmou que o Plano de Transformação Nacional fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é uma transformação na qualidade da educação.
Para alcançar esse objetivo, Dilma ressaltou uma valorização “plena e real” do professor e o fortalecimento de programas como o ProUni, o Pronatec e o Ciência Sem Fonteiras. “Em todo século 20, eram três milhões de estudantes [no ensino superior], e em 12 anos, elevamos para sete milhões”, exemplificou Lula na convenção do PT. 
Outra ação de fortalecimento da educação anunciada foi o programa Banda Larga para Todos, que deve dar a todos os brasileiros acesso a um serviço de internet barato, rápido e seguro.
Além do reforço nas áreas de educação e saúde, outras estratégias foram anunciadas para fortalecer os serviços públicos. Uma das mais importantes é o programa Brasil Sem Burocracia. “Nenhum país do mundo acedeu ao desenvolvimento sem romper as amarras da burocracia”, lembrou a presidenta.
“ Para avançarmos, é necessário tornar o Estado brasileiro, não um estado mínimo, mas um Estado eficiente, transparente e moderno”, esclareceu Dilma.

Por Bruno Bucis, da Agência PT de Notícias