POR: GENILSON SOUZA
Em 10 de Fevereiro de 1980, nascia uma estrela que 20 anos depois faria uma revolução social no Brasil. Essa estrela chamada PT, é um partido de base popular que nasceu da esperança de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que lutara ainda sob a ditadura empresarial-militar imposta ao país pelo golpe de 1964, de por abaixo uma tirania que excluía uma classe social do processo político. Mas, essa classe social revelou-se capaz pelo instrumento das greves, das mobilizações de massa de estabelecer alianças com os diferentes setores sociais: parte progressista da Igreja, intelectuais, sindicatos, profissionais liberais e outros.
Dentro de uma conjuntura estabelecida pelo sistema político ditatorial monopolizado pelos senhores da indústria, do agronegócio, do velho monopólio da comunicação mantido pelo regime, o PT nasce condenado a ser sucumbido pelo sistema. Por tanto, comete seu primeiro crime, o de ter nascido.
Passado vinte anos de luta, com muita batalha ganhas e perdidas o Partido dos Trabalhadores liderando uma ampla aliança eleva um operário metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva ao mais alto posto político da nação. O PT comete seu segundo crime Imperdoável, inconcebível, venceu as eleições dentro das regras estabelecidas pelos seus inimigos.
Contrariando todas as expectativas dos conservadores formadores de opinião da Direita, patrocinado por um implacável cartel da mídia nativa que diuturnamente disparava artilharia pesada contra o governo conduzido por um operário nordestino, Lula em meio a esse cenário, conduziu um governo complexo que produziu modificações profundas no perfil da distribuição de renda do Brasil, combateu a fome e as desigualdades regionais, deu os passos necessários para consolidar um mercado interno de massas, imprimiu um novo ritmo e uma nova qualidade ao nosso desenvolvimento.
Findando seu segundo mandato de Presidente da República com o apoio da maioria esmagadora da população brasileira, Lula lidera o terceiro crime do PT. O Crime de Eleger uma mulher para liderar o Brasil. País de cultura machista explicita ou dissimulada, marcado pela política dos coronéis, generais e fazendeiros, eleger uma mulher pela primeira vez na história para o cargo de Presidência da República é uma afronta a “ordem social”.
Doze anos depois da eleição de Lula o operário e Dilma a mulher, o Partido dos Trabalhadores, que construiu uma política que tornou possível os avanços sociais, e a redução da desigualdade, não pode esperar trégua dos seus adversários, herdeiros implacáveis da cultura escravocrata, colonizada, autoritária, machista, intolerante que marca historicamente o exercício da política no Brasil, pois o PT cometerá o quarto crime, o crime de matar. Mata a fome, o preconceito, a exclusão social, a desigualdade, a impunidade e principalmente, matar a perpetuação da elite conservadora brasileira no poder. Essa elite que expressa publicamente que quer “acabar com essa raça” – leia-se PT – não se convencerá que depois de mais de três décadas de existência, o Partidos dos Trabalhadores veio pra ficar, renascer e se renovar, pois nós aprendemos a aprender.
Feliz aniversários PT pelos seus 35 anos de “Crimes” que tanto favoreceu e elevou a qualidade de vida dos filhos da Pátria amada Brasil.
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