Estudante da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz no Curso Ciência Sociais
O processo de urbanização brasileira está de forma direita
ligada ao processo de industrialização que se intensificou a partir do governo
de Getúlio Vargas, o que acarretou uma série de transformações sociais,
sobretudo, um crescimento desordenado.
Itacaré com a massificação do turismo no final dos anos 1990
e início dos anos 2000 fizeram que muitas pessoas das regiões vizinhas e de
outros Estados viessem em busca de emprego e qualidade de vida nessa indústria
que a cada dia ganhava força, contudo, essas pessoas precisavam de moradia,
terem um “lugar para chama de seu” isso se deu de forma dual, ou seja, separou
em aqueles que podiam pagar aluguéis e/ou comprarem terrenos em lugares bem
localizados que tinham os ‘melhores’ cargos e aqueles que não tinham condições
de terem o seu, pois, que restavam era o subemprego para aqueles que tiveram o
“mérito”, o qual fez com que criassem espaços em meio a barrancos e áreas de
brejos esta última, diga-se de passagem, a qual boa parte da cidade foi e é
edificada, no entanto, mesmo pertencendo a estratos sociais deferentes não há
imunidade para uns em detrimento dos outros no que concerne às forças da
natureza e as fortes chuvas de ontem (27) e hoje (28), mostraram isso. Mas, o
que mais nos choca é a nítida falta de planejamento da nossa cidade (não é exclusividade de Itacaré) que
durante muitos anos não se preparou para essa latente indústria e para seus
desdobramentos. Então, o questionamento que fica é até quando nossos gestores
farão vistas grossas ou até quando usarão estes problemas que é histórico como
plataforma eleitoral? Não quero com isso tira a culpa da população que é
conduzida por um discurso de (des) transformação.
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