sexta-feira, 14 de junho de 2013

Em Curitiba, Rui Falcão conclama militância a se mobilizar pela reeleição de Dilma Rousseff 10 anos de Governo: Rui Falcão com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, em Curitiba

Em Curitiba, Rui Falcão conclama militância a se mobilizar pela reeleição de Dilma Rousseff
10 anos de Governo: Rui Falcão com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, em Curitiba (Foto: Gazeta do Povo)

“Para cumprir nossa missão, é fundamental, agora, travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico"


O presidente do PT e deputado estadual, Rui Falcão, durante o evento de comemoração dos dez anos do PT na presidência da República, na noite desta quinta-feira (13), em Curitiba, conclamou a militância petista a se mobilizar para reeleger a presidente Dilma Rousseff.
“Para cumprir nossa missão, é fundamental, agora, travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico — esta barulhenta torcida do contra, cujo coro ortodoxo vocaliza tons numa escala que vai de um ex-presidente da República até uma desmoralizada agência de avaliação de risco e suas notas fajutas”, afirmou o presidente petista.
Também participaram do seminário “O Decênio que mudou o Brasil”, em Curitiba, a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além de ministros, parlamentarea, lideranças políticas e dos movimentos sociais.
Leia a integra do discurso do presidente do PT:
Quando eu denunciei, dias atrás, o terrorismo eleitoral, condenando os boatos frequentes e maldosos que lançam contra o PT e o nosso governo, o partido da mídia conservadora gastou tinta e impropérios tentando me intimidar. Porém, basta acompanhar com atenção o que se veicula diariamente, para confirmar a nossa advertência. Não falamos de fantasmas, nem de qualquer teoria conspiratória. Só não vê quem não quer: está em curso no País um deliberado movimento, passadista, inconformado, solerte, cuja intenção é a de criar – no povo que eles imaginam desavisado – um clima de insatisfação, insegurança, desconfiança e pessimismo.
Tudo se passa, na cabeça desta gente, como se o medo fosse capaz de matar a esperança dos brasileiros. Contudo, na história recente do Brasil – é sempre bom recordar – nenhum temor, nenhuma ameaça, nenhuma campanha alarmista foram capazes de abalar a convicção da maioria do povo na hora de fazer suas escolhas. Porque ele já aprendeu que a sua vida melhora quando as mudanças que beneficiam a maioria avançam e se consolidam, como vem ocorrendo em nosso País. E, digo a vocês, militantes, dirigentes, presidenta Dilma, presidente Lula, do fundo do coração: estou confiante em que, mais uma vez, a nossa gente irá trilhar o caminho que o Brasil vem percorrendo com sucesso nos últimos dez anos. O caminho do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão social.
Por isso, nossa militância – e aqui incluo dirigentes, parlamentares, executivos municipais, estaduais e federais – precisam ficar cada vez mais próximos dos movimentos sociais organizados, que são a linha de frente e a retaguarda estratégica do nosso projeto nacional.
São eles, afinal, que reconhecem a importância e o valor das mudanças que o PT e nossos aliados, com Lula e Dilma na liderança, vêm realizando há 10 anos no Brasil. E nossa tarefa, nesse momento, é criar as condições para a reeleição da companheira Dilma, a fim de consolidar as mudanças conquistadas e promover reformas estruturais, na área tributária no sistema político-eleitoral, no aparelho de Estado e na comunicação social.
Tenho dito e repito aqui: são quatro grandes monopólios ou oligopólios que urge desmontar: o monopólio do dinheiro, controlado pelo capital financeiro; o monopólio da terra, em mãos dos latifundiários que se opõem à reforma agrária; o monopólio do voto, garantido pelo financiamento privado e o poder econômico; e o monopólio da opinião e da informação, dominado pelos barões da mídia.
Companheiros e companheiras,
Para cumprir nossa missão, é fundamental, agora, travar uma ampla disputa de idéias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico – esta barulhenta torcida do contra, cujo coro ortodoxo vocaliza tons numa escala que vai de um ex-presidente da República até uma desmoralizada agência de avaliação de risco e suas notas fajutas.
Toda esta campanha odiosa pretende, no curto prazo, minar o apoio e baixar a popularidade do nosso governo; no médio prazo, influir nas pesquisas e no pleito de 2014. Finalmente, visa a destruir o atual modelo de desenvolvimento para retornar a um passado de triste memória.
Companheiros e companheiras,
Neste cenário de ofensiva da direita conservadora et caterva, não se admite contemplação nem passividade. É hora de sair a campo, de conjugar respostas incisivas e prontas do governo com a mobilização nacional da militância em defesa do nosso projeto nacional. Os fatos estão aí a nosso favor para desbastar a manipulação, o jogo sujo e ação daqueles que operam para impedir o povo de enxergar os reais problemas enfrentados hoje no País e no mundo.
Agora mesmo, saíram os números mais recentes da inflação, mostrando que o ritmo da alta desacelerou, apesar das expectativas negativas incutidas pelos analistas apegados a tomates e batatas. Com um aumento de 0,37% em maio, o índice ficou abaixo dos 0,55% de abril. Foi a menor taxa desde junho de 2012. Porém, as flutuações estatísticas só interessam aos adversários quando se elevam, pois a eles pouco importa se o investimento está em alta, se o emprego continua a ser gerado e se a indústria cresceu 8,4% em abril em contraste com o mesmo mês de 2012.
Quando se informa que há hoje no Brasil mais de 12 mil obras em andamento, parte delas para romper os gargalos da infraestrutura sucateada em décadas de abandono e descaso por governos anteriores, é mais uma prova – segundo os apologistas do neoliberalismo – de intervencionismo e má gestão. Eles entoam a mesma cantilena quando se deparam com o fato de que dos 50 maiores projetos em construção no planeta, 14, catorze encontram-se em território pátrio!
Como registrou há pouco no site “Carta Maior” o corajoso articulista Saul Leblon, a causa comum por trás desta suposta ignorância “é ajoelhar o Brasil de Dilma no altar dos mercados internacionais”.
Companheiros e companheiras,
Em recente programa de TV de seu partido, um de nossos futuros oponentes, em tom de campanha eleitoral, propôs juros mais elevados e o corte de gastos públicos. Traduzindo o economês do candidato—cuja concepção mescla idéias de garças e tucanos—as medidas sugeridas podem afundar novamente o Brasil numa recessão. Semelhante àquela de 2002, quando o Brasil só não quebrou porque o presidente Lula, eleito em novembro daquele ano, afiançou junto ao FMI as dívidas que herdara, Só para relembrar: com o dólar a R$ 4,00, o Brasil contabilizava uma dívida bruta de 80% e uma dívida líquida de 60% do PIB! Atualmente, a dívida líquida do País está próxima de 35% do PIB e com reservas internacionais beirando 400 bilhões de dólares!
O discurso do candidato insiste no corte de gastos, que pode incidir sobre benefícios da Previdência, do salário-desemprego, da assistência social e, porque não, do Bolsa Família (que apelidavam de “bolsa esmola”) e de outros programas sociais.
Companheiros e companheiras,
Seria um enorme retrocesso, num cenário de retração da economia mundial, cortar o gasto público no Brasil. Ou reduzir o crédito, sobretudo dos bancos estatais que eles tentaram privatizar. Ao contrário, o governo Dilma acaba de lançar o novo Plano Agrícola e Pecuário, o chamado Plano Safra, com um aumento de 18% em relação ao ano passado: são R$ 136 bilhões para fomentar um setor que cresceu 17% no cotejo do primeiro trimestre deste ano sobre igual período de 2012. Vale ressaltar as dotações para a agricultura familiar, que precisa ser mais ainda incentivada, assim como se faz necessário direcionar mais recursos para acelerar a reforma agrária.
Os oportunistas de plantão alegam que não se pode manter o crescimento a partir do consumo, dos ganhos salariais, do crédito, do gasto público e do mercado interno. Em sua arenga, opõem o consumo ao investimento, como se fosse possível dissociá-los.Ocorre que, graças ao fortalecimento do mercado interno, da geração de empregos, da política salarial, da abertura de novos mercados e da ação do Estado, planejando e induzindo o desenvolvimento, é que o Brasil espancou a crise que flagela a maioria dos países. Nós repelimos as receitas de uma austeridade que só serve para ferrar o povo e engordar os rentistas! Nós nos recusamos ao déjà vu dos modelos falidos, que provocam desemprego, recessão e miséria!
Eles clamam contra o chamado custo Brasil. Mas quando o governo Dilma toma providências para reduzir impostos da produção, modernizar portos, aeroportos, ferrovias, de defesa comercial de nossas mercadorias, de estímulo ao conteúdo nacional – eles e outros repetem: queremos mais, queremos mais! E quando o nosso governo, enfrentando interesses poderosos, resolve baixar os preços da energia para as empresas e os consumidores residenciais, eles reclamam e fazem tudo para sabotar.
Companheiros e companheiras,
Nada melhor que os fatos: mais de dois terços da população, consultada em pesquisa recente acham que o Brasil está no caminho certo e 57% reconhecem que o País melhorou nos últimos 6 meses.
A mesma sondagem indica que resultaram inúteis as tentativas de incutir pessimismo na sociedade: 72% dos pesquisados acreditam que em 2014 o Brasil estará melhor que agora. Mais ainda: 82% confiam em que a vida também vai melhorar. Resta uma mensagem para os saudosistas da oposição: em quinze áreas examinadas pelos pesquisadores (que vão da defesa das mulheres ao combate à inflação, passando pela saúde, educação e segurança pública), os governos Lula e Dilma suplantam com larga vantagem os oito anos do governo FHC.
Por tudo isso é que não podemos retroceder, nem ceder às pressões de famosos analistas de suposto saber técnico cujos conselhos jogaram nosso país no abismo. É fundamental consolidar o modelo baseado no desenvolvimento sustentável, com soberania, inclusão social, distribuição de renda, geração de empregos, ampliação de oportunidades e mais democracia. Afinal, este é o projeto nacional que o povo, por três vezes, consagrou nas urnas. Não vamos permitir que eles nos roubem esta grande conquista!
Vamos juntos, vamos às ruas, vamos à luta. Com a garra e a coragem da militância!
(Site ruifalcao.com)
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